O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, disse esta quinta-feira que o fórum de ministros das Finanças da zona euro tomará em junho todas as decisões necessárias para a conclusão bem-sucedida do programa de assistência à Grécia em agosto, como previsto. No final de uma reunião do Eurogrupo, Centeno reiterou que da Grécia continuam a chegar “boas notícias”, saudando o acordo alcançado na semana passada em Atenas entre o Governo grego e as instituições de credores sobre os requisitos necessários para finalizar a quarta e última avaliação do resgate em curso.
Segundo Centeno, o pacote de medidas acordado “mostra que quando há confiança mútua e verdadeira sentido de propriedade das reformas é possível chegar a compromissos num curto espaço de tempo”. “Encorajamos o Governo grego a manter o ritmo e a implementar rapidamente as reformas até ao nosso encontro de junho”, disse, sublinhando que tal é “decisivo” para a conclusão do programa.
Apontando que esta quinta-feira foi também já discutida a questão de alívio da dívida da Grécia, com um “objetivo comum de assegurar sustentabilidade a longo prazo da dívida grega”, o presidente do Eurogrupo observou que todas as partes estão fortemente comprometidas em alcançar um acordo final, pelo que acredita que vai ser possível cumprir um calendário que admite ser ambicioso.
“Na nossa próxima reunião, no Luxemburgo, em junho (dia 21), vamos decidir tudo o que será preciso para assegurar uma saída bem-sucedida da Grécia do programa em agosto. Esta é a nossa grande prioridade relativamente à Grécia”, declarou, apontando que “o grande objetivo” de todos os trabalhos em curso é que o país volte a ter acesso aos mercados depois de 20 de agosto.
Também o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, manifestou-se convicto de que está tudo bem encaminhado “para a conclusão do programa no verão” e disse acreditar num “acordo global no próximo mês”, sublinhando que é necessário que o pacote de medidas de alívio de dívida seja efetivamente “credível”, pois só assim a Grécia poderá voltar a financiar-se nos mercados. “Estou confiante num acordo em 21 de junho, e vamos tudo fazer para lá chegar”, disse.