A mais recente geração do Swift, introduzida no mercado em 2017, tem finalmente a sua versão desportiva, o Swift Sport. Não para fazer frente aos modelos mais assanhados e potentes deste segmento de utilitários, cujas potências oscilam entre os 200 e os 220 cv, como o Clio R.S., mas sim para oferecer uma alternativa mais acessível e menos possante, embora igualmente divertida de conduzir.

Face à geração anterior, o novo modelo adopta a estética mais recente do modelo da marca japonesa e troca o antigo motor 1.6 VVT atmosférico de 136 cv por um mais pequeno, com apenas 1,4 litros (1.373 cc), mas com um turbocompressor que eleva a potência para 140 cv e, sobretudo, melhora a força (binário) de 160 para 230 Nm. Para cúmulo, obtidos a um regime mais baixo.

Recorrendo a injecção directa de gasolina, em vez da anterior multiponto e fruto de uma caixa mais comprida, o Swift Sport passou a reivindicar um consumo de 5,6 l/100km, mais baixo portanto do que os 6,4 litros que anunciava na anterior versão atmosférica. Além da vantagem que isto pressupõe para a carteira do utilizador, em relação aos custos de utilização, permite igualmente algum ganho no momento da compra, pois em países como o nosso, onde os impostos dependem fortemente das emissões de CO2, o novo Swift Sport anuncia 125 g, contra as 147 g de CO2 do modelo que substitui.

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Com apenas 1.045 kg de peso (ganha cerca de 80 kg face à geração anterior), o Sport é um veículo leve, mesmo pelos padrões habituais deste segmento, o que acaba por se compreender ao verificar-se que não é dos maiores, com um comprimento de 3,89 metros, quando os rivais europeus rondam os quatro metros.

A velocidade máxima está fixada nos 210 km/h, enquanto a capacidade de aceleração de 0-100 km/h se situa nos 8,1 segundos, o que permite ao Suzuki posicionar-se entre os utilitários verdadeiramente desportivos, como o Clio R.S. (235 km/h e 6,6 segundos) e as versões menos puxadas e mais acessíveis, como o Clio TCE de 120 cv (199 km/h e 9,2 segundos) ou o Fiesta ST-Line de 140 cv (202 km/h e 9 segundos).

Como é ao volante?

Uma vez instalados a bordo, encontramos um modelo com características que vão agradar a quem busca um pequeno desportivo, a começar pelos assentos mais envolventes, um volante com boa pega e um painel de instrumentos com indicador da pressão de turbo, que é o elemento diferenciador. A conectividade foi reforçada, sendo agora mais fácil emparelhar telemóveis, sejam eles IOS ou Android, com o sistema MirrorLink a dar um contributo decisivo.

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Os materiais são bons e à japonesa, sendo mais sólidos do que verdadeiramente macios, com o Swift a disponibilizar mais espaço a quem se senta atrás, não ao nível das pernas (o modelo ganha apenas 2 cm entre eixos), mas em largura, pois à semelhança dos restantes Swift, o Sport está agora homologado para três passageiros, enquanto o anterior acolhia apenas dois. O que nos agradou foi o facto de, mesmo quando circulámos em piso em menos bom estado, o conforto manteve um nível elevado, enquanto o nível de ruídos parasitas roça o zero.

A possibilidade de conduzir o novo Swift Sport teve lugar nos arredores de Madrid, rumo à estância de esqui de Navacerrada, um trajecto que está ornamentado de radares, uns escondidos e outros nem por isso, ainda para mais em zonas em que o limite é anormalmente baixo. Sem possibilidades de conduzir mais depressa, de forma a explorar o carácter desportivo do Swift Sport, ficámos com a sensação que o desportivo curvava bem e era previsível, para o que contribui as vias um pouco mais largas, estando equipado com travões que pareceram resistir bem,  apesar do reduzido esforço a que os submetemos.

A caixa é comprida, o que permite rodar em 6ª velocidade em auto-estrada a um regime bastante baixo, favorecendo os consumos, mas não retira rapidez na resposta ao acelerador, uma vez que o motor tem bastante “alma” a baixo regime. Aliás, como o turbo é pequeno (para não ter tanta inércia) e a pressão de sobrealimentação é mínima, o 1.4 Turbo do Swift revela-se mais à vontade na gama média de rotações do que nos regimes mais elevados.

O novo Suzuki Swift Sport chega ao nosso país até final de Maio, com um preço de 20.178€, menos 2.033€ do que o seu antecessor, fruto da menor capacidade do motor e das emissões mais reduzidas de CO2. E traz uma garantia de três anos, sendo provável que muito em breve seja ampliada de forma gratuita para cinco anos, tal como nos foi prometido pelo importador da marca para Portugal.

A partir de 2019, o pequeno desportivo deverá usufruir de um boost de imagem, uma vez que será este o modelo que vai animar o troféu de ralis da marca nipónica, o que o tornará aliciante para quem procure um carro pequeno e ágil, mas com custos contidos, tanto na aquisição como na utilização.