O presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças de Portugal, Mário Centeno, defendeu esta segunda-feira, em Lisboa, a possibilidade de ser concluído no final deste mês, antes do previsto, o acordo preliminar europeu sobre o fundo dos bancos.

A minha expetativa é de que no final deste mês possamos afirmar um acordo de princípio”, afirmou o ministro, numa conferência em Lisboa, adiantando que este “será apenas um passo” mas, na sua opinião, é um passo que “vai mudar a forma como os investidores avaliam o risco”.

No mês passado, os ministros das Finanças da União Europeia chegaram a acordo sobre as regras a seguir pelos bancos para manterem instrumentos — incluindo o mecanismo europeu — que garantam que os investidores participam em caso de resgate, partilhando assim riscos.

Mário Centeno, na sua intervenção, lembrou o “apoio alargado” para atribuir ao mecanismo europeu um novo instrumento para financiar o Fundo Único de Resolução Bancária (backstop), um instrumento de último recurso para um cenário de crise sistémica.

É uma peça importante da União Bancária. Neste momento falta afinar apenas alguns detalhes nas negociações”, ressalvou o presidente do Eurogrupo, depois de anunciar que a data de introdução desta backstop poderá ser antes da data limite, estabelecida em 2016, para 2024.

Também presente na conferência, o presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, apresentou mais uma vez Portugal como um dos “bons exemplos” da estratégia europeia de combate à crise, e defendeu que em Portugal “as pessoas sorriem mais agora do que há três anos”.

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