Com o lançamento dos A6 e A6 Plus, os novos smartphones da Samsung de gama média alta, a aposta da marca sul-coreana foi clara: a geração Z. “Celebrar a Geração Z (nascidos entre 1995-2012), composta por nativos digitais, filhos da era das redes sociais, repletos de histórias marcantes e opiniões com impacto social”, dizia a marca em comunicado. Foi com o Instagram, o Snapchat e os cardinais [hashtags] em mente que fomos analisar este equipamento. No entanto, não deixámos de ter comportamentos clássicos, como fazer chamadas e enviar SMS’s. No final, assumimos: ficámos cativados com o telemóvel, mas achamos que pode ser mais barato: custa cerca de 370 euros.

Samsung A6+

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A favor

  • Bateria
  • Ecrã
  • Expansão de memória por cartão micro SD
  • Dual Sim

Contra

  • Processador
  • USB micro em vez de USB-C

O A6+ é o irmão maior do A6. Com um ecrã AMOLED FHD+ de seis polegadas (isto quer dizer que é um ecrã nítido e grande) e bateria de 3.500 miliampéres, o A6+, mesmo sendo mais barato do que o Galaxy S9 Plus (topo de gama da marca), prova ser uma solução capaz de concorrer num mercado em que o que não falta é oferta.

Ecrã infinito, mas sem curvas

Os ecrãs curvos podem estar reservados para os modelos topo de gama da Samsung, mas não é isso que faz com que os modelos mais em conta sejam muito diferentes no que toca ao design e resistência. A Samsung pode ter perdido uma batalha contra a Apple, quando esta se inspirou nos modelos da marca californiana, e isso nota-se neste smartphone, que é bastante semelhante a tantos outros equipamentos.

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É um telemóvel discreto, mas não é por isso que deixa de ser resistente. O revestimento em metal, além de ser confortável quando estamos a segurar o telefone, protege bem o equipamento (não é daqueles que se parte à primeira queda). Além disso, a resistência a água e poeiras fazem do A6+ um smartphone  a considerar para quem é mais distraído na utilização.

Além disso, o facto de ter uma entrada para auriculares por fios (continuam a ser mais práticos, por vezes, do que os Bluetooth), de ter capacidade para dois cartões SIM e uma expansão da memória interna por cartão micro SD são pontos a favor do A6+ em relação a outros modelos, de outras marcas, que não têm estes extras úteis.

O processador é um Snapdragon 450. Por vezes, é um pouco lento a carregar aplicações (o que, com atualizações futuras, tende a não ser benéfico, porque o sistema fica mais lento e precisa de um processador melhor, e não de um mais antigo). Notou-se este ponto negativo principalmente ao carregar em hiperligações de uma aplicação para outra, por exemplo, um link do WhatsApp para abrir o Google Chrome (algo que o software da Samsung não ajudou nos testes, porque teimou em não reconhecer o Google Chrome como o browser predefinido em vez do da marca, que já vem instalado).

Apesar de o processador poder ser mais rápido, no resto — na fluidez de aplicações, resposta ao toque, tempo de desbloquear e bloquear o ecrã –, o A6 mostrou ser o que se espera de um smartphone deste valor. Funciona e não deu dores de cabeça.

Um A6+ que é melhor em bateria do que um S9 Plus

A principal vantagem deste dispositivo é, claramente, a bateria. Depois de experimentarmos o S9+ e termos ficado desiludidos com a gestão e tamanho neste campo, as expectativas estavam em baixo. Contudo, com o mesmo nível de utilização, o A6+ mostrou aguentar mais tempo ligado em relação até ao topo de gama da marca.

Ainda quanto à bateria, juntamente com o processador, encontra-se neste smartphone a razão de não ter conseguido mais estrelas na classificação. O A6+ mantém a entrada USB micro (o antigo “universal”), em vez da mais moderna USB-C (que permite transferência de dados e carregamentos mais rápidos). Sendo uma característica cada vez mais comum em smartphones (principalmente com este valor) e que vai substituir este tipo de entrada em todos os dispositivos, foi o que faltou para o A6+ garantir ao consumidor que está preparado para durar mais do que dois anos.

Geração Z? Selfies

E, por fim, as fotografias. Apesar de a dupla câmara traseira, com 16 megapíxeis, ser mais do que suficiente para substituir uma câmara fotográfica em viagens e no dia-a-dia, é na câmara frontal, com 24 megapíxeis, que se encontra o foco na “geração Z” que a Samsung tem como público alvo. Porquê? “Selfies”. A qualidade é muito semelhante à dupla câmara traseira, menos em ambientes mais escuros, conseguido em ambientes iluminados melhores resultados de imagem.

Veredito Final: bateria mais do que suficiente, mas o processador não vai durar

O Samsung A+ é um smartphone que, tendo em conta o mercado em que está inserido, mostra-se uma opção da marca para quem quer um telemóvel para boas selfies, boa nitidez e resolução de ecrã, e com bateria mais do que suficiente para um dia inteiro de utilização.

Contudo, mesmo com expansão de memória por cartão micro SD e entrada para auriculares tradicionais com fios, a falta de carregamento por USB-C e o processador que podia — devia — ser melhor, fazem do A+ um smartphone com pontos a melhorar. Com um valor de cerca de 370 euros, há no mercado outras opções — que não Samsung — com características que podem ser mais adequadas ao consumidor e, o mais importante, com maior expetativa de longevidade na utilização do equipamento.