O jornalista Manuel Carvalho é o novo diretor do jornal Público depois de David Dinis se ter demitido do cargo, após conflito com a administração após a demissão do diretor adjunto, Diogo Queiroz de Andrade. “A formação da equipa de direção será da sua inteira responsabilidade”, avança a administração do jornal em comunicado a que o Observador teve acesso.

Diretor do Público demite-se, após administração demitir diretor adjunto

No mesmo documento, a administração do Público afirma que “deposita a sua total confiança no [jornalista] Manuel Carvalho, com a certeza de que, como até aqui e com a colaboração de todos, contribuirá para continuarmos a fazer do Público um Jornal de referência”.

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David Dinis, ex-diretor do Observador e diretor do Público, demitiu-se do cargo incompatibilizado com a administração por esta ter despedido Diogo Queiroz de Andrade, antigo diretor criativo do Observador e diretor-adjunto do Público, sem a sua aprovação.

Num plenário convocado para esta segunda-feira por David Dinis, uma moção contra a decisão da administração estaria a ser pensada. Em reação, Cristina Soares, administradora do Público, afirmou que a decisão da administração de demitir Queiroz de Andrade é um direito consagrado na lei de imprensa” e que o objetivo foi “proteger” o jornal.

Administradora do Público garante que “demissão de adjunto é competência legal da administração”

Como revela o Público em notícia, Manuel Carvalho nasceu em 1965, em Alijó. Foi estagiário na primeira redação do Público em 1989, tendo ficado responsável pela área de economia posteriormente. Foi grande repórter do Diário Económico até 1999. Em 2000 e 2012 foi subdiretor do jornal.

Atualmente o jornalista está sediado no Porto e virá para Lisboa para desempenhar o cargo. Vítor Costa e Tiago Luz Pedro, outros diretores adjuntos do jornal tinham intenção de só ficar na redação, abandonando as atuais funções. Ao que o Observador apurou, a escolha de um “nome da casa” abre a possibilidade dos dois jornalistas manterem os cargos que desempenham.

O Observador tentou entrar em contacto com o jornalista, mas até ao momento da publicação desta notícia não obteve resposta.