A antiga ministra da Cultura Gabriela Canavilhas comunicou esta terça-feira ao presidente do parlamento a sua renúncia ao mandato de deputada pelo PS, adiantando que regressará às atividades de docência e também de pianista “de forma mais regular”.

“Depois dos dois anos em que integrei o XVIII Governo Constitucional, os quatro anos e meio na oposição parlamentar na anterior legislatura, e passados já estes três anos da XIII Legislatura, venho comunicar-lhe que decidi terminar este importante ciclo na minha vida – a vida politica ativa – e, por consequência, venho apresentar-lhe o pedido de renúncia do meu mandato como deputada, com efeitos a partir de 31 de agosto 2018”, escreve Gabriela Canavilhas na carta enviada a Eduardo Ferro Rodrigues.

Gabriela Canavilhas, deputada eleita pelo círculo eleitoral do Porto, foi candidata pelo PS a presidente da Câmara de Cascais nas últimas eleições autárquicas, tendo obtido 29% dos votos contra cerca de 46% da coligação PSD/CDS-PP, que repetiu a maioria absoluta neste município.

Na carta endereçada ao presidente da Assembleia da República, a antiga ministra da Cultura do segundo Governo liderado por José Sócrates revela o que tenciona fazer após abandonar o parlamento. “A partir de 1 de setembro voltarei à vida privada, à vida cultural e académica, às funções de professora do ensino secundário – funções que suspendi em 2003 – e, eventualmente, à atividade pianística de forma mais regular”, refere.

Gabriela Canavilhas diz ter “muito orgulho” no trabalho que deixa feito na Assembleia da República, em particular nas áreas da Cultura e dos Negócios Estrangeiros, salientando, também, “a excelente relação” que manteve com todos os seus colegas, “de todas as bancadas”, com quem diz ter “aprendido muito sobre politica, sobre a vida e sobre companheirismo parlamentar”.

Na mesma missiva, destaca igualmente o seu trabalho na Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo, qualificando-o como uma “experiência aliciante”. “Há muitas formas de servir o nosso país, irei continuar a fazê-lo, como sempre fiz, mas através de outros mecanismos e com as armas da intervenção cívica e da cultura”, acrescenta.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR