A economia portuguesa tem uma probabilidade de 55% de entrar em recessão num dado ponto a cada cinco anos, de acordo com uma análise do Conselho das Finanças Públicas que tem como base a evolução da economia entre 1977 e 2017. A instituição liderada por Teodora Cardoso estima ainda que este risco é de 15% num qualquer ano e que, em média, cada recessão custa 3,1% do PIB.

Num novo tipo de análise realizado pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP), que olha para os riscos orçamentais e para a sustentabilidade das finanças públicas, e que a entidade conta passar a publicar a cada dois anos, o CFP fez uma análise mais profunda às contas públicas portuguesas para projetar a mais longo prazo a sua evolução.

No relatório publicado esta quarta-feira, o CFP estima que a economia portuguesa demora o mesmo número de trimestres a recuperar o nível do PIB que tem antes de uma recessão que a duração a própria recessão. No entanto, esta conclusão não se aplica às últimas duas recessões, antecipando, tal como já o fazia o Banco de Portugal, que o nível de PIB real (crescimento sem o efeito de preço) só atinja o valor que tinha antes da atual crise este ano, dez anos depois.

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