Taiwan anunciou esta segunda-feira o corte de relações diplomáticas com El Salvador, que vai reconhecer a China, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros da ilha, Joseph Wu. Wu condenou a atitude da China e denunciando a “diplomacia do dólar” de Pequim, que pretende atrair os aliados da ilha, com ajuda financeira e investimento.
Esta rutura significa que apenas 17 Estados, incluindo o Vaticano, reconhecem a ilha, com um Governo autónomo da China desde a revolução comunista de 1949. O El Salvador é o terceiro país em 2018, a abandonar Taiwan para beneficiar da cooperação com a China. Em maio passado, o Burkina Faso rompeu as relações diplomáticas com Taipé, depois de a República Dominicana ter anunciado, em 01 de março, a rutura com Taiwan.
Em dezembro de 2016, São Tomé e Príncipe também rompeu relações diplomáticas com Taiwan e passou a reconhecer a República Popular da China. Após a rutura do Burkina Faso, a Suazilândia é o único país africano a manter relações com Taipé. Desde 2000 que diversos países africanos, incluindo o Chade e o Senegal, que recebiam ajudas de Taiwan, romperam as suas relações com a ilha para beneficiar da cooperação chinesa. Pequim tem exercido forte pressão internacional para isolar as autoridades de Taiwan, que considera parte integrante do seu território.
Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista tomar o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China, mas Pequim considera-a uma província chinesa e ameaça usar a força caso declare independência.