A formação de professores no ensino superior regista a maior queda de interessados e colocados dos últimos anos, num momento em que a atualidade é marcada por divergências nas negociações entre sindicatos e Governo sobre a carreira docente.

De acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), a área de formação de professores, colocou apenas 693 estudantes no ensino superior na primeira fase do concurso nacional de acesso, deixando por preencher quase metade das vagas: ficaram vazios 520 lugares dos 1.204 disponíveis.

Os cursos de formação de professores foram este ano a primeira opção para apenas 519 candidatos, o que representa uma quebra acentuada face a 2017, quando 853 alunos tinham estes cursos como preferência. Em 2016 e 2017 foram colocados, em cada ano, mais de mil novos alunos na primeira fase do concurso nacional de acesso em cursos de formação de professores.

Em relação a outras áreas de formação, os cursos de informação e jornalismo continuam a suscitar um interesse superior à oferta disponível e deixaram disponíveis para a segunda fase apenas seis das 880 vagas disponíveis. Direito, ciências físicas e matemática e estatística são áreas onde apenas sobraram poucas dezenas de vagas para a próxima fase de acesso.

Engenharia é o setor de formação com maior número de vagas por preencher, mas é também aquele que maior número de lugares leva a concurso: das 9.277 vagas sobraram 1.829.

Mais de 10% dos candidatos à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior não conseguiram entrar numa instituição pública, com 43.992 colocados entre 49.362 candidatos, revelam os dados hoje divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).

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