Recolhido numa cama de hospital, Jair Bolsonaro continua à frente nas sondagens para a primeira volta das eleições brasileiras. A mais recente sondagem do Ibope, uma das principais do Brasil, dá ao candidato do Partido Social Liberal (PSL) uma previsão de 28% dos votos.

Esta previsão coincide com a anterior do Ibope, o que pode indiciar que, para já, a tendência de Bolsonaro poderá ser a de estabilizar até à primeira volta destas eleições, agendada para 7 de outubro.

Atrás do candidato da extrema-direita, e em franca ascensão desde que Lula desistiu de concorrer às eleições, está o candidato do PT, Fernando Haddad. Depois de ter estado com apenas 4% dos votos quando o PT ainda não tinha retirado a candidatura do ex-Presidente, Fernando Haddad surge agora com 22% da intenção de votos.

Em terceiro lugar, surge o ex-minstro de Itamar Franco e também de Lula, Ciro Gomes, a quem o Ibope aponta 11% dos votos. Em quarto lugar, está o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, com 8%. Em seguida, na quinta posição, encontra-se Marina Silva, com 5% de intenção de voto — bem longe do terceiro lugar com 21,3% conseguidos pela candidata na primeira volta das eleições de 2014.

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A tendência de aceleração destas eleições, que já na primeira volta começam a demonstrar dinâmicas mais próprias da segunda, é também a do crescimento da taxa de rejeição dos dois principais candidatos. Neste caso, Bolsonaro continua a ser o candidato com maior rejeição (46%) e logo de seguida surge Haddad (30%).

Nas diferentes simulações para uma segunda volta, Bolsonaro surge como candidato derrotado contra Haddad (43% contra 37%), Ciro Gomes (46% contra 35%) e Geraldo Alckmin (41% contra 36%). A única situação onde a sondagem deixa dúvidas é no embate entre Bolsonaro e Marina Silva na segunda volta, prevendo um empate a 39%.

Outro dado que esta sondagem vem confirmar, e que as anteriores já tinham apontado, é a tendência para um alto número de votos nulos ou brancos e também de indecisos. Ao todo, 12% dos inquiridos responderam que vão votar branco ou nulo e outros 6% disseram não saber ainda em que votar ou então não responderam.