Uma invasão de yamnayas — um grupo vindo do Leste europeu — apagou praticamente do mapa os homens que viviam na Península Ibérica há cerca de 4.500 anos, segundo um estudo científico noticiado pelo El País. Os yamnayas contavam com uma inovação tecnológica que lhes permitiu ocupar rapidamente as terras na península: veículos com rodas. Os invasores, segundo uma equipa internacional de cientistas, liquidaram os “machos” que então viviam na península e pouparam as mulheres. ”

O encontro entre estes dois povos não foi amigável, sendo que os yamnayas dizimaram quase por completo os homens locais”, segundo David Reich, o geneticista norte-americano que anunciou a descoberta num evento organizado em setembro pela revista NewCientist (edição parcialmente fechada). Os yamnayas eram um grupo de pastores nómadas do Leste Europeu que há cinco mil anos decidiu partiu à conquista de terrenos no Ocidente e invadiu a Península Ibérica.

O El País cita também um especialista espanhol, Íñigo Olalde, que disse numa conferência em Jena, na Alemanha, que a chegada dos invasores teve “um impacto genético rápido e generalizado” e que, na sequência disso, as populações que se seguiram, da Idade do Bronze, tinha, “40% da informação genética e 100% dos seus cromossomas Y a partir dos yamnayas”. Ora, como o cromossoma Y é herdado de pais, isso significa que “os homens que chegaram tiveram um acesso preferencial às mulheres locais, forma repetida vezes”, explicou David Reich.

O estudo analisou o DNA de restos mortais de 153 indivíduos, descobertos na Península Ibérica e que aguardam publicação numa das mais importantes do mundo. É por isso que Reich e Olalde se recusam a dar, por agora, mais detalhes da investigação.

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