Poucos dias depois de a Mercedes ter admitido que estava a considerar um atraso de nove meses no seu One, o superdesportivo de 1.000 cv que recupera o motor dos seus F1, o 1.6 Turbo híbrido, com ajuda de três motores eléctricos para ajudar no incremento de potência, eis que a Aston Martin, que vai ter no Valkyrie um rival directo do One, veio gabar-se que está tudo a correr tão bem com o seu supercarro que até está a pensar iniciar os testes de estrada ainda em 2018.

Quando se fala de superdesportivos com mais de 1.000 cv, há aqueles mais luxuosos, que obviamente são potentes e rápidos, mas que visam sobretudo recordes de velocidade máxima em recta. Mas, recentemente, começou a surgir um novo tipo de supercarros, que visam ser os mais rápidos em pista. E só, pois em estrada rapidamente arranjariam demasiados problemas com as forças da autoridade, já para não falar nos outros veículos.

Parto difícil. AMG One atrasado 9 meses pelo motor

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Se os Bugatti e os Koenigsegg representam de forma digna os primeiros, os melhores superdesportivos entre os destinados à eficácia em curva, mais do que à velocidade em recta, são o One da Mercedes-AMG e o Valkyrie, concebido e fabricado pela Red Bull e Aston Martin. Sucede que a marca alemã admitiu que está com algumas dificuldades em conseguir que o motor 1.6 Turbo que utilizou no Campeonato do Mundo de F1 em 2014 cumpra as normas de poluição. E tudo porque tem o ralentir às 5.000 rpm, demasiado elevado, e quando o tentam suavizar fica a trabalhar de forma irregular, fazendo disparar os poluentes. Daí a previsão de um atraso de nove meses para quem já encomendou e pagou (pelo menos parte) o exuberante modelo.

Aproveitando o desaire do principal rival, a Red Bull e o seu responsável desportivo, Christian Horner, decidiram passar um pouco de sal na ferida, não só revelando mais umas fotos oficiais do Valkyrie, como assegurando que o desenvolvimento vai de vento em popa. Tanto que até podem terminar os testes em simulador antes de tempo e passar à estrada ainda antes do final do ano. Isto acontece após a Cosworth, que fabrica o 6.5 V12 atmosférico de 1.130 cv (com a ajuda de um sistema Kers, similar aos que também recorrem os F1), ter dado a sua “obra de arte” como pronta, com o CEO da Aston Martin a aproveitar para partilhar o “roncar” do imponente motor, que não está sufocado por nenhum turbocompressor, com os fãs no Twitter: