O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, defendeu esta quarta-feira a aprovação pelo Congresso de medidas “um pouco amargas” para evitar que o país passe pela mesma situação de crise económica que a Grécia viveu recentemente. Bolsonaro reuniu-se esta quarta-feira em Brasília com a maioria dos futuros governadores dos 27 estados do país, e com alguns de seus principais assessores, para analisar as pretensões regionais, devido ao grave défice fiscal que o Brasil atravessa, tendo transmitido urgência em aplicar reformas.

O futuro Presidente afirmou que a sua equipa económica está a finalizar uma série de propostas de medidas que deverão ser levadas, no próximo ano, à Câmara dos Deputados e ao Senado, com a finalidade de reequilibrar as contas públicas do Brasil. “Temos que procurar soluções, não apenas económicas”, assegurou o capitão na reserva, defendendo que com a redução da insegurança no Brasil “a economia começa a fluir”.

Bolsonaro, que assumirá a presidência no dia 1 de janeiro, expressou o seu desejo de “dividir” os desafios com os governadores e frisou o desejo de ajudar os estados brasileiros, alguns dos quais a passar por uma severa crise económica e com uma alta acumulação de dívida, como é o caso do Rio de Janeiro. “Faremos todos os possíveis para atendê-los, independentemente da cor política do partido”, disse o futuro Presidente, que recebeu uma carta dos governadores com diversos pedidos.

Uma das prioridades de Bolsonaro é conseguir uma agenda liberal que inclua medidas de ajuste fiscal, privatizações e redução do número de ministérios.

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