O Ministério Público alemão desencadeou esta quinta-feira de manhã uma operação que visa o Deutsche Bank. Em causa estão suspeitas de lavagem de dinheiro através de contas offshore que os próprios funcionários propunham aos seus clientes como forma de depositarem dinheiro com origem criminosa.

Segundo a BBC, os investigadores suspeitam que, pelo menos, dois funcionários estarão envolvidos neste esquema. Esta manhã foram vistos carros da polícia na sede do banco, em Frankfurt, e noutras filiais da cidade. Estarão envolvidos nas buscas cerca de 170 polícias que procuram provas que sustentem as suspeitas.

A investigação surgiu na sequência das revelações feitas em 2016 pelos “Panama Papers“, que indicou que cerca de 500 instituições bancárias no mundo utilizaram os serviços da Mossack Fonseca. Na Alemanha foram então identificados 28 bancos que trabalhariam com aquele escritório, responsável pela criação de paraísos fiscais em todo o mundo. O Deutsche Bank seria um deles. A CNN referiu, entretanto, citando fonte do Ministério Público alemão, que só através de uma subsidiária nas Ilhas Virgens Britânicas, o Deutsche teria servido cerca de 900 clientes, num total de 311 milhões de euros.

Na altura, em comunicado, esta instituição bancária fez saber: “em princípio, não há informações sobre potenciais ou reais relações comerciais” com a firma panamiana. E que desde novembro de 2015 que estaria a a recusar “clientes em determinados locais e grupos de clientes com perfil de alto risco”, como noticiou o Süddeutsche Zeitung. Ainda assim, foi aberta uma investigação. Agora o Deutsche Bank refere que está a colaborar com as autoridades e que em breve prestará mais informações.

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