Marcelo Rebelo de Sousa já tinha dito que, “em princípio” estaria na tomada de posse de Jair Bolsonaro como presidente do Brasil, marcada para 1 de janeiro. A confirmação surgiu este sábado, através de uma nota da Presidência da República.
“Na sequência do convite da República Federativa do Brasil, o Presidente da República representará Portugal em Brasília, no dia 1 de janeiro de 2019, na cerimónia de Tomada de Posse do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro”, indica a nota publicada no site oficial da Presidência.
O anúncio de Marcelo de que, “em princípio”, deveria ir à tomada de posse de Bolsonaro surgiu a 30 de novembro, numa conversa com o embaixador do Brasil em Portugal, Luiz Alberto Figueiredo Machado. Ambos estavam numa visita ao Bazar Diplomático, no Centro de Congressos de Lisboa.
“Estou à espera do convite, porque eu, em princípio, vou à posse, no dia 1 [de Janeiro]”, afirmou o Presidente da República, adiantando: “Eu vou mais cedo, no dia 30 [de Dezembro]”.
No dia 29 de Outubro, um dia após a eleição de Jair Bolsonaro, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que Portugal e o Brasil “têm de se dar bem” e disse esperar “um trabalho em conjunto a nível de chefes de Estado” durante o mandato do novo Presidente brasileiro.
O candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, de 63 anos, capitão do Exército brasileiro na reforma, filiado no Partido Social Liberal (PSL), foi eleito o 38.º Presidente da República Federativa do Brasil, com 55,1% dos votos, na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras, no dia 28 de outubro. A sua campanha ficou marcada por várias frases polémicas, com os seus adversários a acusarem-no de atentar contra a democracia, de ser racista, homofóbico, xenófobo e misógino.
O seu adversário, Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), obteve 44,9% dos votos, e a abstenção registada foi de 21,3%, num universo de cerca de 147,3 milhões de eleitores inscritos, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil.