A empresa britânica Signature Living, que comprou o paquete Funchal no início do mês de dezembro e que tem intenções de o transformar em hotel, precisa de retirar 100 toneladas de amianto antes de avançar com a obra. Os números foram avançados pela Quercus, que preocupada com o impacto ambiental implicado no transporte do navio, pretende obter uma resposta das autoridades nacionais e britânicas no que concerne ao transporte do navio até à capital inglesa.

A compra do navio, que já gerou tema de discussão no parlamento britânico, foi também discutida pela associação ambientalista International Ban Asbestos Secretariat (IBAS), que tem vindo a colaborar com a Quercus em matérias relacionadas com os malefícios da presença de amianto em obras.

Ambas as associações já alertaram as autoridades para o risco ambiental que envolve o transporte do paquete até Londres, que por estar danificado e em condições precárias pode libertar partículas de amianto nas águas. Surgiram então dois cenários possíveis: Ou o navio é rebocado até ao Reino Unido, ou vai ser sujeito a obras antes de partir para o seu destino.

À TSF, Carmen Lima, responsável pelo SOS Amianto da Quercus, disse que: “Ao ser rebocado, nós temos de ter garantias de que as autoridades marítimas inglesas vão receber este barco e que a remoção do amianto vai ser possível em Inglaterra. Caso as autoridades marítimas inglesas não autorizem a receção deste barco com a presença de amianto, então tem de ser assegurada a remoção do amianto aqui em Portugal”

A responsável da Quercus concluiu dizendo que: “Nós já comunicamos com a nossa congénere inglesa, todas as autoridades inglesas já têm conhecimento desta situação e estão alerta para saber o que vai ser resolvido em relação às autoridades portuguesas sobre esta matéria.”

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