A Google confiou à Waymo, a sua divisão de veículos autónomos, o desenvolvimento e testes do seu sistema de automóveis sem condutor, que estão a avançar em vários estados americanos, a começar por Phoenix, no Arizona. E se tivermos em conta que os monovolumes Chrysler Pacifica ao serviço da Waymo nunca se viram envolvidos num acidente por culpa própria, que o seu sistema está a provar ser tão eficaz que foi o primeiro (e único) a ser autorizado a testar sem condutor de segurança atrás do volante, e que ainda não matou ninguém, ao contrário do sistema concorrente da Uber, bem que se pode afirmar que os carros da Waymo são, de longe, os mais sofisticados e eficazes do mercado.

Apesar do nível de desenvolvimento da tecnologia dos carros sem condutor da tecnológica americana, alguns habitantes do Arizona não estão pelos ajustes, tendo manifestado a sua preocupação sobre os acidentes que estes veículos possam vir a causar, danificando-os de várias formas, inclusivamente cortando-lhes os pneus. Segundo o New York Times, um indivíduo branco, de 20 anos, aproveitou o facto de um dos Chrysler estar parado num cruzamento, para se aproximar e, com a ajuda de uma faca, retalhar um dos pneus. E este não foi caso único, uma vez que há registos de cerca de uma dúzia de ataques similares em Chandler, uma pequena povoação nos arredores de Phoenix.

Outros transeuntes optam por atirar pedras, tentar agredir o condutor de segurança com um tubo, ou apenas gritar-lhe aos ouvidos, estratégia que foi adoptada por uma local, desconhecendo nós se esta abordagem se revelou mais ‘eficaz’ do que as anteriores. Mas sem dúvida que os casos mais graves apontam para aqueles em que os condutores tentam empurrar os monovolumes autónomos para fora de estrada.

Há também armas envolvidas em algumas situações, como aquela em que um homem apontou uma pistola calibre 22 ao condutor da Waymo, acusando-o de ter morto uma senhora em Tempe, quando o veículo autónomo em causa pertencia à Uber e não à Waymo. Entre umas facadas nos pneus ou umas pedradas nos vidros, a maioria das acusações que os locais “atiram” ao condutor de segurança a bordo dos Chrysler tem a ver com a falta de segurança e, noutros casos, com potenciais perdas de emprego.

A isto a Waymo responde informando que raramente faz queixa (apesar de registar tudo com as câmaras do veículo) e que apenas participa à polícia quando os ataques são mais violentos. Mas esclarece igualmente que o mau ambiente provém de um grupo restrito de elementos que, segundo esta divisão da Google, dificilmente chega para comprometer o espírito cordial dos habitantes do Arizona.

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