A cerimónia fúnebre de Julen começou este domingo ao final da manhã com uma cerimónia religiosa onde estiveram apenas os familiares da criança de dois anos que foi retirada no sábado já sem vida de um poço. O enterro ocorreu  uma hora depois, numa cerimónia que contou com vizinhos, amigos e os bombeiros que resgataram o corpo — que fizeram questão de estar presentes para apoiar a família. Segundo o El Español, centenas de pessoas juntaram-se à entrada do cemitério de El Palo durante a cerimónia e os momentos foram, como seria de esperar, de muita emoção. O silêncio no local só era interrompido pelo choro e pelas palmas que se ouviram quando a urna com o corpo da criança passou pelos populares. Julen foi sepultado junto do irmão, que morreu em abril de 2017 com apenas três anos.

Este domingo soube-se que os primeiros resultados da autópsia de Julen, segundo fontes da investigação citadas pelo El Mundo, mostram que a criança terá morrido no mesmo dia em que caiu no poço em Totalán, em Málaga. As primeiras informações sobre a autópsia já tinham apontado para um “traumatismo cranioencefálico severo” provocado pela queda. Depois de 13 dias de desespero da família e dos esforços da equipa de resgate, o corpo só foi retirado na madrugada de sábado, 26. A autópsia foi realizada por cinco médicos-legistas entre as 08h30 e as 13h00 desse dia, altura em que os restos mortais foram transportados para a casa mortuária de El Palo, em Málaga, onde reside a família.

No sábado, depois de ter sido confirmada a morte de Julen, foram vários os amigos e familiares que se juntaram à Casa Mortuária de El Palo. Os vizinhos trocaram vários abraços e emocionaram-se ao lembrar o pequeno Julen. Há uma equipa de psicólogos a apoiar a família.

Quando o corpo chegou a El Palo, a polícia colocou uma carrinha perto do carro funerário para impedir que fossem tiradas fotografias à urna. Os vizinhos aplaudiram o facto da polícia estar a proteger a privacidade da família. Houve até um momento mais tenso quando um familiar de Julen se insurgiu contra jornalistas e chegou a investir contra algumas câmaras de televisão.

Entretanto a Guardia Civil Espanhola recolheu uma amostra da terra que estava sobre a criança, criando um tampão sobre ela, para investigar a sua composição. Segundo fontes contactadas pelo El Mundo, suspeita-se que a terra que cobria o menino de dois anos ter-se-á soltado das paredes do furo à medida que ele caía. Também poderá ter resultado da queda de sedimentos quando os familiares o tentavam tirar de lá, quando caiu há treze dias. Essa terra, com a humidade do poço, terá criado um tampão por cima da crianças. Ainda assim, para confirmar esta tese, as autoridades acharam melhor recolher a amostra

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