Pelo menos 1.080 pessoas morreram vítimas da malária em Luanda, em 2018, uma cifra considerada “elevada” pelas autoridades, que lançaram esta sexta-feira uma campanha de Luta Anti-Vetorial para reduzir o impacto da primeira causa de morte em Angola.
A campanha denominada “Operação Malária”, que deve durar seis meses em toda a extensão da capital angolana, foi lançada no distrito urbano do Rangel, arredores de Luanda, circunscrição que regista um “elevado índice doença”, segundo as autoridades.
De acordo com a vice-governadora de Luanda para o setor Político e Social, Ana Paula Vítor, que presidiu ao ato, só em 2018, a província registou 1.179.415 casos de malária que resultaram em 1.080 óbitos.
“Independentemente de termos uma taxa de morte de 0,9%, não deixa de ser uma cifra elevada”, disse, referindo que a doença representa igualmente a primeira causa de morte, de consultas médicas e de absentismo escolar e laboral em todo o país.
Ana Paula Vítor sublinhou que a campanha surge no âmbito do Programa do governo com vista à redução da mortalidade por malária, exortando a população para uma “participação ativa nesta luta contra de combate ao mosquito”.
“Aproximando-se o período das chuvas na província de Luanda aumentam os charcos e as lagoas que proporcionam a proliferação da larva do mosquito, daí a necessidade de uma atenção redobrada”, afirmou.
A governante inaugurou também a feira “Luanda Contra a Malária”, com exposição de fármacos, matérias de fumigação, consultas, distribuição de mosquiteiros e demais material de sensibilização sobre os cuidados a ter com a doença.
A diretora do gabinete provincial da Saúde da capital angolana, Rosa Bessa, assinalou que a campanha de Luta Anti-Vetorial tem como propósito “chamar a atenção e sensibilizar todos os munícipes de Luanda para a importância da prevenção da malária”.
Na atividade esta sexta-feira iniciada, adiantou, irão ser intensificadas “as ações de fumigação, pulverização, limpeza de valas, charcos e sem esquecer o tratamento”. “Foram ainda distribuídos aos nove municípios da província cerca de 150.000 mosquiteiros, 15 motorizadas e 75 máquinas para fumigação”, frisou.
Segundo dados do Ministério da Saúde angolano, em 2018, Angola registou mais de três milhões de casos de malária (3.007.111), que provocaram 7.356 mortos, apesar de tudo uma quebra em mais de metade comparando com 2017, ano em que o país registou 13.967 mortes, num total de 4.500.221 casos.