Nesta edição do Salão de Genebra, o stand da Bugatti correu as bocas do mundo por a marca francesa aí exibir aquele que passou a ser o carro novo mais caro da história. Os 11 milhões de euros exigidos, antes de impostos, pelo único exemplar do “La Voiture Noire” acabaram por ofuscar a outra estreia da marca, bem mais acessível, uma vez que o preço de venda arranca nos 30.000€.
Se a quantia lhe despertou a atenção, recorde-se que o construtor gaulês está a celebrar os seus 110 anos de existência. Razão pela qual a Bugatti entendeu que deveria dedicar um pouco a sua atenção aos mais pequenos, em linha com o seu passado. E assim surge o Baby II, um clássico eléctrico, que recupera o brinquedo de 1926 que Ettore Bugatti e o seu filho Jean decidiram construir para fazer as delícias do rebento mais novo de Jean Bugatti, Roland, como prenda pelo seu quarto aniversário. Tratava-se de uma réplica do Type 35 à escala 1:2, cujo sucesso foi tal que até 1936 foram produzidos 500 exemplares, tendo o Bugatti Baby ascendido ao estatuto de melhor presente que os pais mais ‘desafogados’ financeiramente poderiam oferecer aos filhos.
Agora a história repete-se, mas à escala 1:3, o que significa que até os mais crescidos podem divertir-se com o Baby II. Para mais, trata-se do primeiro Bugatti moderno a ser impulsionado electricamente. Do diferencial traseiro de deslizamento limitado, passando por um sistema de travagem regenerativa, a este Bugatti não faltam sequer dois modos de condução: um para miúdos e outro para graúdos. Ou seja, se conduzido por crianças, o Baby II não permite grandes loucuras: a velocidade máxima é de 20 km/h, com a potência a ser modulada para um débito de 1 kW (1,3 cv). No outro modo, a potência sobe até aos 4 kW (5,3 cv), mas a velocidade máxima pouco mais que duplica (45 km/h). Porém, há uma chave que abre a porta para mais adrenalina ao volante. Devidamente desbloqueado, o Baby II passa a ter 10 kW (13,4 cv), o que lhe permite, por exemplo, fazer corridas com um Renault Twizy sem quaisquer embaraços, pois nesse caso o velocímetro só pára nos 80 km/h! E com larga vantagem em termos de requinte pois, ao contrário do quadriciclo gaulês, este Bugatti apresenta-se com um emblema em prata (50 g), faróis em LED e presta-se à personalização tanto quanto o Chiron do pai ou da mãe…
O período de reservas já arrancou num site dedicado exclusivamente a este brinquedo, cuja produção arrancará neste Outono ou, o mais tardar, no próximo Inverno.