A GNR registou este ano 75 crimes de violência doméstica no distrito da Guarda e efetuou duas dezenas de detenções, disse esta segunda-feira à agência Lusa fonte do Comando Territorial local.

Segundo a fonte, desde o início do ano e até esta segunda-feira, foram registados 75 crimes de violência doméstica quando, “no mesmo período do ano transato, foram registados 70 crimes”. Ainda de acordo com a GNR, durante o ano de 2018 “foram registados um total de 306 crimes de violência doméstica” nos 14 concelhos do distrito da Guarda.

Da atividade do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) e dos Postos Territoriais deste Comando, resultou, até à presente data, 20 detenções (18 homens e duas mulheres)”, adiantou a fonte, indicando que foram efetuadas quatro detenções em flagrante delito e 16 por mandado de detenção.

Segundo a GNR, “aos detidos foram aplicadas diversas medidas de coação, que vão desde o termo de identidade e residência até à medida mais restritiva de prisão preventiva”. Ainda de acordo com a fonte policial, no decurso das diligências efetuadas em vários concelhos do distrito da Guarda, “foram apreendidos diversos materiais, usados na prática dos crimes, como medida cautelar ou pela sua posse ser proibida”.

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A última detenção pelo crime de violência doméstica ocorreu, na sexta-feira, na vila de Manteigas. Naquele dia, o Comando Territorial da GNR da Guarda, através do NIAVE, deteve um homem de 21 anos, no âmbito de um processo de investigação “que decorreu durante uma semana”. Os militares apuraram que o suspeito “agredia física e psicologicamente a sua companheira de 20 anos de idade, tendo inclusive privado a mesma da liberdade, chegando a trancar a vítima no quarto”.

No seguimento das diligências, o NIAVE deu cumprimento a um mandado de detenção, em Seia, onde o suspeito foi localizado e detido, estando indiciado pelos crimes de violência doméstica e por sequestro”, refere a GNR em comunicado.

O suspeito, que anteriormente foi condenado por crimes de abuso sexual e de roubo, foi presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Judicial de Figueira de Castelo Rodrigo, que lhe aplicou a medida de coação de prisão preventiva.