Volvo e Polestar anunciaram quais são os fornecedores que lhes vão permitir cumprir os respectivos planos de electrificação. CATL e LG Chem vão garantir “o fornecimento de milhões de dólares de baterias de iões de lítio” para equipar os modelos de ambas as marcas “na próxima década”, refere a nota enviada à imprensa.
A Volvo, que pretende que as motorizações electrificadas representem cerca de 50% das suas vendas mundiais até 2025, nota que os “acordos de longo prazo” agora assinados vão cobrir “o fornecimento global dos módulos de baterias para todos os modelos da nova plataforma SPA2 e da plataforma já existente CMA”.
Por seu turno, o CEO da Polestar, Thomas Ingenlath, destaca que o recurso a estes dois fornecedores garante a incorporação de tecnologia de ponta, ao nível das baterias, nos eléctricos de elevado desempenho que a Polestar se prepara para introduzir no mercado. A começar pelo Polestar 2, o primeiro modelo exclusivamente a bateria cuja produção arrancará na China no início de 2020.
Depois do rival do Tesla Model 3, será a vez de a Polestar se focar no desenvolvimento de outros dois produtos, o 3 e o 4. O Polestar 1, o único híbrido plug-in no mercado que reclama a capacidade de percorrer 150 km em modo eléctrico, está fora deste esquema de fornecimento.
Detida em partes iguais pela Volvo e pela Geely, a Polestar destaca que os acordos agora assinados são um exemplo claro das vantagens decorrentes das sinergias com estas duas marcas do Geely Group. Tanto mais que, na China, o fornecimento de baterias beneficiará da escala do grupo chinês, o que permitirá baixar custos e propor preços mais competitivos.
Quanto à Volvo, deverá concluir até ao final do ano a construção da sua primeira linha de produção de baterias, na sua fábrica de Ghent, Bélgica. Será aí que vai ser produzido o primeiro modelo 100% eléctrico da marca sueca, o XC40, e também as variantes híbridas plug-in do SUV compacto.
De notar que esta estratégia da Volvo Cars de assegurar diferentes fornecedores para as baterias que vai precisar é prudente, tanto mais que o construtor escandinavo se está a deparar com dificuldades em responder à procura das variantes PHEV, justamente por falta de baterias. Constrangimento que, aliás, afecta outras marcas no mercado e que a Volkswagen procura evitar, daí que tenha contratado cinco fornecedores para alimentar a electrificação da sua gama.