A Google avisou o executivo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América, que o bloqueio imposto à empresa tecnológica chinesa Huawei pode afetar a segurança nacional, avança o Financial Times. Segundo fontes da Google citadas pelo jornal, a empresa norte-americana crê que a Huawei vai desenvolver o seu próprio software se não tiver atualizações oficiais do Android.
Várias empresas norte-americanas, como a Google, a Intel ou o Facebook, anunciaram o fim de relações com a Huawei devido ao bloqueio imposto pelo executivo de Donald Trump em maio. Trump, ao colocar a Huawei numa espécie de “lista negra” por suspeitas de espionagem, impossibilitou a empresa de continuar acordos que tinha com tecnológicas norte-americanas, o que já está a dificultar a expansão da Huawei na disponibilização de infraestruturas 5G e noutros mercados, como o dos smartphones.
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Os smartphones da Huawei utilizam como base o sistema operativo Android, desenvolvido pela Google. Os atuais equipamentos à venda vão continuar a funcionar como têm funcionado, mas o futuro de atualizações de segurança é incerto. Contudo, a Huawei afirmar que vai continuar manter a manutenção do software.
Apesar de a marca poder estar a trabalhar no seu próprio sistema operativo — o que já gerou falhas de comunicação internas na empresa — não há data anunciada para o lançamento. Em próximos equipamentos, a empresa chinesa pode ter de optar por uma versão do Android de acesso livre principalmente desenvolvida pela Huawei. Contudo, e segundo o jornal, a Google receia que esta versão híbrida seja mais vulnerável a ataques.
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Em relação a esta notícia, fonte oficial da Google afirmou em comunicado ao Observador: “Como outras empresas dos EUA, estamos a trabalhar com o Departamento de Comércio para garantir que estamos em cumprimento com os requisitos e licença temporária [que acaba a 19 de agosto]. O nosso foco é proteger a segurança dos utilizadores da Google nos milhões de equipamentos Huawei nos EUA e em todo o mundo”.
A Huawei é, atualmente, a segunda maior fabricante de smartphones à frente da Apple, mas atrás da Samsung, que está em primeiro.