Um recinto com um “tapete de vegetação” que assegurará “um piso verde natural”, portas abertas a partir das 15h todos os dias, um warm-up na véspera do festival com concertos e DJ sets e várias soluções de mobilidade de Lisboa para o Meco e do Meco para Lisboa foram as principais novidades apresentadas esta terça-feira pela organização do festival Super Bock Super Rock.
Entre as novidades de mobilidade, reveladas ao Observador pela organização através de comunicado, está a existência de autocarros diretos para o festival a partir de Lisboa (em dois pontos, na Praça de Espanha e na Gare Oriente) e de regresso a Lisboa após o festival (entre as 2h e as 5h e entre as 8h e as 13h), a possibilidade de se apanhar um comboio em Coina em direção a Lisboa às 3h30 (apenas nos dias 19 e 20 de julho, com custo de €3,35 mas com “paragem em todas as estações”) e parcerias com duas plataformas de transporte de passageiros, a Uber e a Bolt, que terão um ponto de recolha próximo do recinto “para facilitar o encontro dos utilizadores com os motoristas e evitar embaraços de trânsito”. O local “estará devidamente sinalizado na aplicação”.
Os autocarros de ida para o festival, a partir de Lisboa, terão horários distintos consoante o local em que forem apanhados pelos portadores de passe geral ou bilhete diário. Caso se decida apanhar o autocarro a partir da Praça de Espanha (custo de 3,5€), os horários serão entre 13h e 19h na véspera do festival (17 de julho), 10h e 22h no primeiro dia (18 de julho) e 14h e 19h no segundo e terceiro dia de concertos (19 e 29 de julho). Já os autocarros que partem de Lisboa-Oriente rumo ao recinto (custo de 4,5€) funcionarão entre as 10h30 e as 22h na véspera do festival e primeiro dia de concertos e entre as 13h e 20h no segundo e terceiro dias de concertos.
O bilhete de comboio de regresso a Lisboa, por sua vez, poderá ser adquirido “na bilheteira da estação, nas máquinas automáticas ou, caso pretenda evitar as filas, através da app Via Verde Transportes”, informou a organização. Haverá ainda um “serviço de ridesharing” chamado Via Verde Boleias, que consistirá na “criação de um grupo exclusivo de boleias de e para o Super Bock Super Rock”. A empresa alargará ainda o seu serviço de partilha de automóveis em Lisboa, intitulado DriveNow, “para facilitar o acesso ao Super Bock Super Rock”.
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Um warm-up com Xinobi, Moullinex, Da Chick e DJ Vibe
O campismo do festival estará aberto a partir da véspera do festival, dia 17, para um warm-up (aquecimento). A programação da véspera do festival tem curadoria da editora Discotexas e contará com atuações de Moulinnex, Xinobi e DJ Vibe em DJ set e atuações ao vivo (em formato mais tradicional) de Da Chick, MEERA e Oma Nata.
A organização do festival tinha avançado em dezembro do ano passado as características do piso do recinto. Agora, disponibilizou as primeiras imagens das novas zonas de recinto e campismo do festival.
Em relação à zona de estacionamento do festival, a organização garante que esta terá “capacidade para corresponder à procura” e adianta que “terá sinalização, iluminação e equipas para auxílio ao estacionamento. Sempre em estreita coordenação com as autoridades competentes, será feita a gestão do trânsito na estrada que liga a Rotunda do Marco do Grilo ao Festival”.
Há hoje formas alternativas de chegar até à Rotunda do Marco do Grilo, nomeadamente usando a A33, que não existia aquando das últimas edições realizadas no Meco, evitando assim as filas de trânsito na Ponte 25 de Abril e na estrada nacional N378 que passa por Fernão Ferro”, lembra a organização do Super Bock Super Rock
Para quem quiser deslocar-se até ao festival vindo de zonas próximas, nomeadamente Meco e Alfeirim, “haverá uma paragem em Alfarim do autocarro que fará o percurso até ao Festival”, garantem os organizadores. É ainda prometida uma aposta em práticas mais sustentáveis existentes noutras edições e já em outros festivais, como o sistema de copos reutilizável. A Super Bock, que patrocina o festival, terá além disso “uma máquina de cerveja à pressão que funciona a energia solar” e existirão “sanitários secos de compostagem no recinto do Festival”, que servirão “de teste para futuras edições”. O objetivo é eliminar “o uso de químicos e de água”.
Esta última funcionalidade é uma prática “pouco habitual em eventos de grande dimensão em Portugal. Trata-se de um sistema integrado para uma gestão sustentável de resíduos sanitários em eventos e espetáculos”, que foi “desenvolvido em 2012 para o mercado australiano, conheceu constantes melhoramentos e uma rápida internacionalização para o mercado europeu”, já tendo sido utilizada, por exemplo, no festival de música de Glastonbury.
As medidas ambientais inserem-se num programa criado para o festival chamado “Plano de Suporte Ambiental / SBSR”, que “teve em linha de conta todas as etapas de estruturação do Festival, desde a conceptualização dos espaços, gestão de recursos, ou sensibilização ambiental, até à monitorização dos resultados, que serão recolhidos junto dos atores significativos do Festival”. O programa, implementado pela primeira vez pela organização, “assume-se como um processo”, isto é, terá uma introdução a título experimental com o intuito de uma “melhoria de edição em edição”.