A FaceApp teve mais de 150 milhões de downloads e, no início desta semana, fez com que as redes sociais fossem dominadas por fotografias de utilizadores que mostravam como vão ser quando forem velhos. Rapidamente surgiram notícias e críticas sobre o acesso a dados pessoais a que a aplicação concedia à empresa russa Wireless Lab. Em resposta ao TechCrunch, a empresa afirma: “Não vendemos ou partilhamos nenhuns dados pessoais com terceiros”. Além disso, a FaceApp diz que nenhuma informação é transferida para a Rússia.

Esta aplicação mostra como vai ser daqui a 40 anos. Mas pode estar a roubar-lhe dados privados

Apesar de a Wireless Lab ter dado as suas respostas às principais questões que surgiram relativamente à forma como a app protege ou não a privacidade, nos Estados Unidos há quem peça uma investigação, como o senador de Nova Iorque Chuck Schumer. O político democrata diz que a forma como a aplicação trata os dados pessoais “é preocupante”, referindo-se aos termos gerais de privacidade, que exige que os utilizadores deem o “acesso irrevogável às fotografias pessoais e dados”.

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Não é só a FaceApp que pode usar os seus dados. Instagram, Facebook e outras apps fazem o mesmo

Defendendo-se, a FaceApp refere que apenas utiliza as fotografias que os utilizadores carregam na aplicação para fazer a edição automática nos seus servidores. Além disso, a empresa afirma que “a maioria das imagens são apagadas do servidor após 48 horas”. Em resposta ao mesmo site de notícias de tecnologia, o presidente executivo da empresa explica que utiliza os servidores da Amazon Web Services e da Google Cloud para fazer o processamento das imagens.

Em relação ao Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), que concede o direito aos cidadãos europeus de pedirem todos os dados que as empresas detêm sobre si e que estas os apaguem dos respetivos servidores, a FaceApp diz que a equipa está “atualmente atolada” deste tipo de pedidos e que “são uma prioridade”. O mesmo pedido pode ser feito em países como os EUA.