Os 230 deputados da Assembleia da República deram, pelo menos, 5.445 faltas ao longo dos quatro anos da legislatura (ainda não estão contabilizadas as faltas do último plenário, nem retiradas as as presenças-fantasma), noticiou o Jornal de Notícias. 72,5% das faltas foram justificadas com “missão parlamentar” (2.016) e “trabalho político” (1.968). Ainda assim, houve dois deputados sem qualquer falta: Carlos Silva e Pedro Pimpão, ambos do PSD.
Mais dois deputados com presenças-fantasma, incluindo antigo secretário-geral do PSD
Ana Catarina Mendes (PS/Setúbal, 129), Paulo Pisco (PS/Europa, 128), José Cesário (PS/Fora Europa, 113) e Miranda Calha (PS/Lisboa, 113) são os deputados com mais faltas, a grande maioria das quais justificada por trabalho político e missão parlamentar. Os deputados ouvidos pelo JN defendem que isto é trabalho e não deveria ser considerado falta.
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A seguir ao trabalho, as razões pessoais e familiares foram as mais frequentes: 521 faltas distribuídas por doença (terceiro motivo mais frequente), assistência à família, paternidade, luto e casamento.
Por fim, existem as justificações menos claras: a quarta justificação mais frequente para as faltas ao Parlamento é “força maior” (189) e “motivo justificado” foi a razão apontada para 44 faltas. Por justificar estão ainda 51 faltas e 85 são injustificadas. Aqui lidera Assunção Cristas com sete das 42 faltas injustificadas.