Rui Rio, de férias em Viana do Castelo, tem estado quase em silêncio, tirando um ou outro tweet. Mas esta terça-feira foi divulgado o primeiro jornal de campanha do PSD, no qual surge uma entrevista ao líder do partido, em que o entrevistador não foi identificado. Sobre o que o separa de António Costa, Rio responde que é “o estilo e a ideologia” e acrescenta: “António Costa é muito mais à esquerda do que eu, ao ponto de se unir, sem qualquer constrangimento, à extrema-esquerda e de governar com ela sem grandes problemas. Comigo isso seria impossível”.

No jornal de propaganda que será distribuído pelo país em ações de campanha e está disponível no site que o partido lançou para as legislativas, Rui Rio diz que, do ponto de vista do estilo, António Costa “valoriza muito mais o curto prazo e os fenómenos táticos e conjunturais”, enquanto ele próprio se concentra “sempre muito mais no futuro, no médio e longo prazo”.

Sobre se chega ser rigoroso nas contas para chegar a primeiro-ministro, Rui Rio diz que “as contas certas não se resumem aos números do défice, como o Governo pretende fazer querer sempre que fala em números.” O líder do PSD insiste que o Governo “faz cativações excessivas que desvirtuam o Orçamento aprovado no Parlamento, prejudicando os serviços públicos e apresentando dívidas enormes aos fornecedores.” Rio recupera ainda o familygate para dizer que o PS “troca muitas vezes o mérito pelas ligações familiares na nomeação dos gestores da coisa pública.”

Na saúde, Rio marca a diferença ideológica para a esquerda e diz que é preciso “cumprir a Constituição da República, que diz que o acesso aos cuidados de saúde tem de ser para todos e tendencialmente gratuito. Por isso, o PSD não fecha as portas às parcerias público-privadas, desde que estas prestem melhor serviço e com menores custos.”

O presidente do PSD repete que o Governo impôs a “maior carga fiscal de sempre”, e que “os impostos estão a estrangular a vida das pessoas e das empresas. Rio diz que “há um dia” em que é preciso “começar o caminho inverso, começar a baixar a brutalidade de impostos que pagamos. Esse dia será o dia em que o PSD ganhar as eleições“.

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