O julgamento do antigo produtor de cinema Harvey Weinstein foi esta segunda-feira adiado para janeiro de 2020 devido à introdução de duas novas acusações de assédio sexual.
O início do julgamento, que estava marcado para 9 de setembro, ficou adiado para 6 de janeiro de 2020.
Weinstein compareceu esta segunda-feira num tribunal de Manhattan, Nova Iorque, para ouvir as novas acusações e declarou-se inocente de qualquer relação sexual não-consentida. A acusação explicou que as novas acusações são necessárias para estabelecer fundamento legal para o testemunho da atriz Annabella Sciorra, mais conhecida por ter integrado o elenco da série “Os Sopranos”, que acusa Weinstein de a ter violado em 1993.
Sciorra não foi incluída no processo como vítima, porque o alegado ataque ocorreu há demasiado tempo para ser julgado, mas a acusação quer usar o testemunho da atriz para demonstrar que Weinstein tinha um padrão comportamental de atacar sexualmente mulheres, necessário para provar a acusação de agressão sexual predatória.
Weinstein já se tinha declarado inocente de outras duas acusações, de violação de uma mulher em 2013 e de ato sexual forçado com outra mulher em 2006.
A defesa qualificou as novas acusações de “manobra de última hora” que “suscita questões legais significativas” e anunciou que vai pedir ao tribunal para as rejeitar. A defesa também quer mudar o local do julgamento para fora de Nova Iorque devido à intensa cobertura mediática.
Weinstein, 67, cofundador dos estúdios Miramax e da Weinstein Company, está em liberdade graças ao pagamento de uma fiança de 1 milhão de dólares. As acusações de assédio ou violação contra Weinstein deram origem ao movimento #MeToo, de denuncia de abusos sexuais.