O Hospital de Santa Maria descarta responsabilidades na morte de Ruben de Carvalho, que estava internado no hospital quando morreu, a 11 de junho, noticiou o Correio da Manhã (CM). O hospital deu por concluído o inquérito à morte do antigo dirigente do PCP, mas o Ministério Público e a Entidade Reguladora da Saúde prosseguem a investigação.
“Toda a atuação clínica preventiva, terapêutica e de seguimento cumpriu as normas de boas práticas, não tendo sido identificados quaisquer elementos que apontem para desvios ou insuficiências nos cuidados prestados antes e após a ocorrência”, disse uma fonte do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte ao CM.
A família teve conhecimento das conclusões do inquérito durante uma reunião com a administração do hospital, na semana passada. Foram, aliás, as suspeitas da família em relação à morte do antigo vereador da Câmara de Lisboa que levaram à abertura de vários inquéritos.
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Ruben de Carvalho deu entrada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com queixas na vesícula. Três a quatro semanas antes da morte, o jornalista e histórico responsável da Festa do Avante! sofreu uma queda enquanto estava internado e bateu com a cabeça. Poucas horas depois, o antigo chefe de redação do Avante! entrou em coma e morreu cerca de três semanas mais tarde.
A queda foi confirmada pelo próprio à mulher que o visitou nesse dia. O Ministério Público (MP) abriu uma investigação para apurar se houve negligência durante o internamento. No mesmo dia em que foi conhecida a investigação do MP, o conselho de administração também abriu um inquérito.
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A Entidade Reguladora da Saúde também avançou, formalmente, com um inquérito depois de uma fase inicial de avaliação em que pediu esclarecimentos aos intervenientes.