O ex-Presidente francês Jacques Chirac morreu esta quinta-feira, aos 86 anos. Teve uma longa carreira política, incluindo 18 anos como presidente da câmara de Paris, primeiro-ministro e Presidente, entre 1995 e 2007.

A notícia foi confirmada pelo genro de Jacques Chirac, nesta quinta-feira de manhã. “O Presidente Jacques Chirac desapareceu esta manhã entre os seus”, anunciou Frédéric Salat-Baroux, casado com Claude Chirac. Na Assembleia Nacional, os deputados fizeram um minuto de silêncio depois a comunicação oficial da morte.

Jacques Chirac nasceu a 29 de novembro de 1932, num bairro do centro de Paris. Filho de uma família de classe média-alta, fez a escolaridade obrigatória entre a capital francesa e Corrèze, terra de origem dos seu pais.

Bom aluno, fez o bacharelato em matemática antes de ser admitido no prestigiado Instituto de Estudos Políticos de Paris, mais conhecido como Sciences Po, em 1951. É nessa passagem que começa a envolver-se em política, chegando a militar por pouco tempo no Partido Comunista Francês, cujo jornal, o L’Humanité, chegou a vender. Em 1954, entrou para a Escola Nacional de Administração (ENA), outra instituição da elite francesa, que já formou oito presidentes franceses. Quatro décadas depois, lá chegaria.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A “escavadora humana” de Pompidou

Entre 1956 e 1957, os seus estudos são interrompidos pelo serviço militar obrigatório. Durante esse período, voluntaria-se para ir para a Argélia, à altura em guerra com França, então potência colonizadora em declínio. Em 1957, ainda na guerra, ficou ferido e foi promovido a tenente. Regressou a França em 1958 e em 1959 terminou os seus estudos na ENA — a seguir aos quais entrou para o Tribunal de Contas.

Em 1962, aos 30 anos, Jacques Chirac começou a sua longa carreira política. Foi nessa altura que entrou para o gabinete do então primeiro-ministro Georges Pompidou — que estava sob a presidência de Charles de Gaulle — onde ficou encarregado com a missão de elaborar relatórios sobre construção, obras públicas e transportes.

Começou por baixo, mas chamou a atenção de Georges Pompidou, que lhe deu a alcunha de “escavadora humana”, cognome que levaria para o resto da sua vida política. Era um elogio à sua persistência e força, qualidades que lhe valeram a eleição como deputado da União dos Democratas pela Rebúplica (UDR, centro-direita gaulista) em Corrèze — um feito assinalável, já que ali se votava à esquerda — e também serviram, já como secretário de Estado do Trabalho, nas negociações que ajudaram a pôr um fim às greves do maio de 68.

Quando ele era secretário de Estado, Georges Pompidou chegou a dizer-lhe, como um reparo à sua vaidade: “Não pense que é ministro”. Porém, não demorou a fazê-lo mesmo ministro, passando por pastas como as Relações com o Parlamento, Agricultura e Desenvolvimento Rural e Interior.

Durante os sete anos que esteve lado a lado com Georges Pompidou, desde que este foi primeiro-ministro até que subiu para Presidente, Jacques Chirac foi um dos homens que mais confiança lhe mereceu. “Se eu lhe dissesse para construir durante a noite um túnel entre a minha casa e o Eliseu, ele tratava do assunto”, chegou a dizer Georges Pompidou sobre Jacques Chirac.

Georges Pompidou morreu em 1974, ainda em funções. No mesmo ano, França foi a eleições presidenciais, das quais saiu vitorioso Valéry Giscard d’Estaing. Jacques Chirac apoiou-o, conhecendo-o dos tempos emque ambos formavam parte do governo de Georges Pompidou, em detrimento do gaulista e candidato da UDR, Jacques Chaban-Delmas.

Foi acusado no próprio partido de traição, mas do lado de Valéry Giscard d’Estaing foi recompensado com o cargo de primeiro-ministro. Não foram, porém, tempos fáceis para Jacques Chirac — a mãos com uma inflação galopante e um desemprego alto, o então primeiro-ministro incompatabilizou-se com Valéry Giscard d’Estaing. A saída foi em desagrado total, sem concessões para o Presidente: “Não disponho dos meios que creio serem necessários para assumir eficazmente as minhas funções de primeiro-ministro”.

É nesta altura que Jacques Chirac inicia um novo partido de centro-direita: a União pela República (RPR, na sigla francesa). É uma jogada acertada: em 1977, naquelas que foram as primeiras eleições autárquicas de Paris, vence a segunda volta a três, com 49,5%, contra a uniãodas esquerdas, entre socialistas e comunistas, com 45%.

O Eliseu como meta

Em 1981, depois de anos em que enfrentou pública e duramente o Presidente Valéry Giscard d’Estaing, assume uma ambição que levaria anos a concretizar: ser Presidente de França. Na primeira volta, ficou em terceiro lugar, com 18%. Acabou por anunciar o seu apoio a Valéry Giscard d’Estaing na segunda volta, contra o socialista François Mitterrand. Foi um apoio tudo menos comprometido — disse apenas que votaria em Valéry Giscard d’Estaing “a título pessoal”. No final de contas François Mitterrand foi eleito com 51,8%.

Cinco anos depois, a a RPR, aliada à UDF, conquista a maioria na Assembleia Nacional. O resultado ficou conhecido como “governo de cohabitação”, com um desfecho improvável: um Presidente socialista (François Mitterrand) com um governo de direita. Na altura de escolher o homem para liderar o seu governo, François Mitterand escolhe Jacques Chirac. Este fica com a responsabilidade da política nacional, virando do avesso a economia com várias privatizações, que conseguem baixar consideravelmente a inflação e ligeiramente o desemprego, além de levarem ao crescimento da economia.

Em 1988, Jacques Chirac voltou a tentar o Eliseu — e torna a perder. Depois de uma primeira volta em que teve 19,9%, subiu à segunda volta contra François Mitterrand, que saiu por cima com 54%, mais 8% do que Jacques Chirac. Ainda não era a altura certa.

Mas ela chegou, lentamente. Em 1989, foi reeleito presidente da câmara de Paris, altura em que era sabido de todos que aquele era um cargo entre cargos. Com a RPR encostado à direita, assumindo causas como o liberalismo económico e também a segurança nas ruas, o partido foi catapultado para ser a maior força política francesa nas eleições legislativas de 1993. Volta a repetir-se a cohabitação, mas com uma mudança: desta vez, o Presidente François Mitterrand teria de lidar com Édouard Balladur, homem escolhido por Jacques Chirac.

A vez de Chirac

Em 1995, chega o momento de Jacques Chirac — mas não foi fácil. Antes da data, Édouard Balladur teria chegado a um compromisso de que nas eleições daquele ano não se candidataria, abrindo o caminho para Jacques Chirac — assim diz, pelo menos, a versão da história contada pelo ex-Presidente, referindo que ambos tinham “um acordo político, que tinha também valor de contrato moral”. Charles de Gaulle confiava em Édouard Balladur, de quem dizia ser “seu amigo de 30 anos” que jamais lhe faria “concorrência”.

Porém, vendo que as eleições lhe eram favoráveis, Édouard Balladur avançou contra a vontade de Jacques Chirac. Édouard Balladur ficou em terceiro lugar, com 18,6%, na primeira volta, atrás de Jacques Chirac (20,8%) e de Lionel Jospin (23,3%). Quando os seus apoiantes começaram a gritar o seu nome — gritaram “Édouard!” duas vezes apenas — o derrotado pediu-lhes solenemente: “Peço-vos que parem. Peço-vos que parem”.

Na segunda volta, Jacques Chirac é eleito Presidente com 52,6% dos votos. O discurso de vitória foi pleno de otimismo: “Uma vez mais, a pátria dos direitos do Homem brilhará perante o mundo. Uma vez mais, França será o motor da União Europeia, garantia de paz e prosperidade para o nosso continente. França voltará a ser um farol para todos os povos do mundo, pois é essa a sua vocação”.

Porém, os dois primeiros anos de governo estiveram longe de ser fáceis. Embora no plano internacional França tenha conquistado destaque — foi no Eliseu que foi assinado os Acordos de Dayton, que puseram fim à guerra da Bósnia, em 1995 —, no plano interno Jacques Chirac e o seu primeiro-ministro, Allain Juppé, estavam sob fogo. Da direita, criticavam-nos pelas promessas que estavam para cumprir. Da esquerda, criticavam-nos pelo projeto de alteração das reformas da função pública.

Jacques Chirac viu apenas uma maneira de sair de tudo isto: recomeçar. Em 1997, pôs um fim ao governo de Allain Juppé e dissolveu a Assembleia Nacional .

As eleições de 1997 ditaram o terceiro governo de cohabitação francês, desta vez com um Presidente de centro-direita (Jacques Chirac) e um governo de centro-esquerda, liderado por Lionel Jospin.

Nessa fase, é marcado por ataques e reveses de vindos de várias partes. Circunscrito à política externa e militar, com tudo o resto nas mãos do governo socialista de Lionel Jospin, Jacques Chirac é visto com desconfiança pela direita — e no seu próprio partido, já há quem lhe diga para se afastar, como foi o caso de Nicolas Sarkozy.

Enquanto isso, o seu passado na câmara de Paris era posto à prova, com várias suspeitas torno de privatizações e empregos fictícios a formarem-se — e a arrastarem-se durante longos anos, com o ex-Presidente a ser condenado a uma pena suspensa de dois anos em 2011, já a sua imunidade presidencial tinha caducado.

A última batalha, com a Frente Nacional

Em 2002, Jacques Chirac teve um impulso na sua carreira política vindo de um lugar improvável: da extrema-direita. Nas eleições presidenciais desse ano, o candidato da Frente Nacional, Jean-Maie Le Pen, surpreendeu todos ao ultrapassar Lionel Jospin na segunda volta por quase de 200 mil votos e menos de 0,7%. Jacques Chirac ficou em primeiro, com 19,9% dos votos.

Na campanha da segunda volta, Jacques Chirac tomou a decisão de não debater contra Jean-Marie Le Pen, apesar de as sondagens à altura dizerem que sete a cada dez franceses queriam que esse embate acontecesse — tal como os partidos políticos que apoiaram Jacques Chirac, da extrema-esquerda à direita, também queriam que o seu candidato enfrentasse o homem da extrema-direita.

“Perante a intolerância e o ódio, não é possível trocar ideias, não é possível fazer compromissos, não é possível ter um debate. Tal como não aceitei no passado aliar-me à Frente Nacional, fosse qual fosse o preço político a pagar, não aceitarei também o debate com o seu representante”, disse Jacques Chirac à altura.

Na segunda volta, produziu-se o resultado mais desequilibrado de sempre numas presidenciais francesas: Jacques Chirac ganhou com 82,2%. Jean-Marie Le Pen não foi além dos 17,8%.

Em 2002, tomou posse pela última vez — conseguindo, pouco depois, uma Assembleia Nacional a seu favor. Formada para as eleições legislativas que se seguiram às presidenciais, a União para a Maioria Presidencial (UMP) conseguiram o desígnio apontado no seu nome e ficaram em maioria. Nos anos que se seguiram, Jacques Chirac pôde governar ao centro-direita com um governo de centro-direita, liderado por Jean-Pierre Raffarin.

Jacques Chirac, nemesis de George W. Bush e da guerra no Iraque

O último mandato de Jacques Chirac foi fortemente marcado pelo plano internacional — tudo porque, em 2003, destaca-se pela sua forte oposição à guerra no Iraque. “O Iraque não representa hoje uma ameaça imediata ao ponto de justificar uma guerra imediata. A França apela à responsabilidade de todos para que a lei internacional seja respeitada”, disse Jacques Chirac, num discurso nas Nações Unidas. E apontou o dedo aos EUA de George W. Bush: “Tomar para si a legitimidade das Nações Unidas e preferir a força ao direito trará uma pesada responsabilidade”.

Posições como esta levaram a que, na altura, alguns restaurantes norte-americanos deixassem de chamar “french fries” (trad.: batatas francesas) às batatas fritas, passando a chamar-lhes antes “freedom fries” (trad.: batatas da liberdade). Por contraste, em França esta posição valeu-lhe o seu momento de maior popularidade.

Ainda assim, foram vários os percalços que se seguiram, sobretudo em 2005.

Nesse ano, Jacques Chirac viu o “não” vencer no referendo ao projeto constitucional europeu, contra a sua vontade. Além disso, foi também em 2005 que França assistiu a vários motins nos bairros periféricos das maiores cidades do país, situação que levou à declaração de Estado de urgência. No plano pessoal, Jacques Chirac sofreu também um AVC.

Em 2007, anunciou que não seria candidato a um terceiro mandato presidencial. “Com um entusiasmo intacto e a mesma paixão de trabalhar por vocês, continuarei a travar as batalhas que são os nossos, as batalhas da minha vida, pela justiça, pelo progresso, pela paz e pela grandeza da França”, disse.

Depois de sair do Eliseu, cedendo o lugar a Nicolas Sarkozy, Jacques Chirac teve uma vida discreta e afastada da política. Com a saúde fragilizada, foi condenado a dois anos de prisão suspensa em setembro de 2011, por ter criado empregos fictícios para militantes do seu partido aquando da sua passagem pela câmara municipal de Paris.

Isso não impediu, porém, que numa sondagem de 2015, realizada pela Ifop para a revista Paris Match, fosse considerado o Presidente mais simpático da 5ª República francesa: com 33% das escolhas, bem à frente de François Mitterrand (21%), Charles de Gaulle (17%), Valery Giscard d’Estaing e Georges Pompidou (8% cada), Nicolas Sarkozy (7%) e François Hollande (5%).

“Encantador e lutador, muito mais profundo do que parecia”

Richard Ferrand, presidente da Assembleia Nacional, descreveu Chirac como “encantador, lutador e muito mais profundo do que o que gostava de parecer”, dizendo que França perdeu um herói de Dumas. É esperada ainda uma reação do atual Presidente francês, Emmanuel Macron, que agendou uma comunicação ao país para as 20h00 locais (19h00 de Lisboa).

Numa nota publicada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa descreve Jacques Chirac como um homem que “foi sempre muito caloroso com as comunidades portuguesas em França, quer como ‘maire’ de Paris, quer como primeiro-ministro e Presidente da República Francesa”.

O Presidente da República enviou uma mensagem ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, transmitindo à França e aos Franceses sentidas condolências pelo falecimento de Jacques Chirac, que foi sempre muito caloroso com as comunidades portuguesas em França, quer como Maire de Paris, quer como Primeiro-Ministro e Presidente da República Francesa.”

“Com tristeza”, mas “sem surpresa” — já que o seu estado de saúde estava a degradar-se progressivamente —, também Jorge Sampaio lamentou a morte de Chirac. O antigo Presidente da República recorda os tempos em que os mandatos de ambos coincidiram e que, diz, permitiram aproximar a relações entre Portugal e França, mas também “estreitar os laços pessoais”.  Numa nota, Sampaio elogia as características pessoas e políticas do antigo homólogo.

Jacques Chirac era um homem afável, dinâmico, muito comunicativo , com um enorme sentido de patriotismo e convicções europeias fortes e que apreciava Portugal e os portugueses. Visitei-o algumas vezes na sua Fundação, já depois de termos, ambos, deixado as nossas funções presidenciais e sempre demonstrou grande cordialidade e uma tocante simpatia.”

José Manuel Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia durante os anos de 2004 e 2014, também comentou a morte de Jacques Chirac. Numa publicação em francês, Barroso descreveu o ex-presidente francês como “alguém que amava muito a França e também a Europa”, citando “muitas memórias”. Por fim, desejou “sinceras condolências à família e aos seus próximos”.

Homenagens e elogios dentro e fora de França

As reações à morte de Jacques Chirac chegam, entretanto, dos vários quadrantes políticos em França. Mesmo os que divergem do antigo presidente têm sublinhado a dedicação de Chirac ao país e a marca que deixou na história francesa.

A Torre Eiffel, um dos pontos turísticos mais consagrados do mundo, apaga as luzes nesta quinta-feira às 21h (locais, 20h em Portugal), uma hora e 15 minutos mais cedo do que o costumeiro, em homenagem à Chirac, segundo um anúncio da própria companhia nas redes sociais.

O Presidente francês, Emmanuel Mácron, prestou homenagem a Jacques Chirac numa mensagem ao país em que afirmou que o seu antecessor foi “um grande francês” que amou tanto os franceses como eles o amaram.

Numa mensagem transmitida esta noite nas televisões francesas, Emmanuel Macron falou durante cerca de nove minutos sobre a personalidade do antigo Presidente, os seus combates e também as suas falhas, mas acima de tudo da ligação que existia entre o antigo Presidente e os franceses.

“Lembramo-nos esta noite da sua liberdade, da sua personalidade, desse talento que é reconciliar a simplicidade a grandeza, o amor à pátria e abertura ao que é universal. […] Ele tinha em si o amor a França e aos franceses”, afirmou o Presidente da República. “Perdemos um homem de Estado que nos amou tanto como nós o amámos a ele”, referiu ainda o líder francês.

Macron referiu que Chirac foi uma figura habitada “pelo memória a longo prazo” e que traçou a sua carreira política nos passos do general De Gaulle e de Georges Pompidou e que a França está reconhecida pela transmissão de valores passada pelo antigo Presidente.

Em termos políticos, o governante francês realçou a ação de Chirac durante a Guerra do Iraque, em 2003, opondo-se aos Estados Unidos, e ainda à tomada de posição sobre a aquecimento global, quando o antigo Presidente disse a frase: “A nossa casa está a arder”. “Para Jacques Chirac, não havia hierarquias entre percursos ou histórias. Havia simplesmente homens, mulheres e vidas que mereciam igual atenção. Jacques Chirac foi um destino francês”, declarou ainda Emmanuel Macron.

O Presidente disse ainda que as portas do palácio do Eliseu estão abertas a partir desta noite para quem quiser deixar uma mensagem de condolências em homenagem a Jacques Chirac e que dia 30 de setembro, dia de luto nacional em França, haverá uma homenagem solene ao meio-dia.

Lionel Jospin, antigo primeiro ministro, diz que foi um privilégio governar França durante a presidência de Chirac. Manuel Valls, que ocupou o mesmo cargo, revelou que votou nele em 2002, garantindo que os franceses já o têm no coração. E Alain Juppé falou na “tristeza imensa” da notícia:

Durante mais de 40 anos, mantive com Jacques Chirac uma relação excecional de lealdade, de confiança, de amizade recíproca, não apenas política, mas também pessoal.”

No estrangeiro são também já vários os líderes que lamentaram a morte de Chirac. Vladimir Putin destaca o espírito visionário e sábio. Ainda em junho, numa entrevista ao Financial Times, o presidente russo tinha apontado o francês como o líder político que mais o impressionou.

No Twitter, através de um porta-voz, Angela Merkel descreveu Jacques Chirac como “um grande parceiro e amigo” — “para os alemães e para mim, pessoalmente” — além de “um grande homem de Estado e europeu”.

(em atualização)