O Presidente israelita, Reuven Rivlin, confiou esta quarta-feira ao antigo chefe militar Benny Gantz a missão de formar um governo para ultrapassar o mais longo impasse político da história do país. Rivlin, numa comunicação em direto perante os media, afirmou que os partidos políticos devem fazer “concessões”, enquanto Gantz prometeu “tentar formar governo de união liberal”.
Após as eleições de 17 de setembro, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tentou garantir uma coligação, mas acabou por desistir na segunda-feira. No dia seguinte, Rivlin indiciou que iria encarregar oficialmente Gantz dessa tarefa. Antigo chefe das Forças Armadas, Gantz terá 28 dias para tentar ultrapassar o desafio, mas caso não obtenha sucesso Rivlin pedirá ao parlamento um candidato para formar o governo.
Em caso de falhanço, Israel deverá convocar novas eleições legislativas, que seriam as terceiras em menos de um ano. “Devemos demonstrar responsabilidade face aos cidadãos israelitas e evitar novas eleições”, declarou Gantz, ao assegurar que na sua coligação “existe lugar para todos os elementos da sociedade israelita”.
Os negociadores do partido Azul-branco de Gantz e do Likud, o partido de Benjamin Netanyahu, devem encontrar-se na segunda-feira, segundo um comunicado do Likud. Um governo de união surge como uma das poucas soluções para evitar uma nova ida às urnas. Esta noite, o Presidente israelita voltou a prometer tudo fazer para evitar um terceiro escrutínio.