O economista chinês Ilham Tohti, conhecido pela luta pelos direitos da minoria uigur e pela defesa de leis regionais de autonomia, é o vencedor do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, anunciou hoje o Parlamento Europeu.

A Conferência de Presidentes do Parlamento Europeu – estrutura que junta o líder do PE e dos partidos políticos representados na assembleia europeia – decidiu distinguir o intelectual Ilham Tohti, condenado em 2014 pela justiça chinesa a prisão perpétua por “separatismo”, num processo que suscitou uma onda de protestos por parte de Governos estrangeiros e organizações de defesa dos direitos humanos.

“O Parlamento Europeu expressa o seu apoio total pelo seu trabalho e pede a sua libertação imediata pelas autoridades chinesas”, afirmou o presidente David Sassoli no discurso da entrega do prémio.

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Entre os finalistas estavam três ativistas brasileiras: Marielle Franco, defensora brasileira dos direitos humanos, nomeadamente da comunidade negra, das mulheres e das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexuais (LGBTI), que foi brutalmente assassinada em março do ano passado, a ambientalista Claudelice Santos e a líder indígena Raoni Metuktire.

O prémio Sakharov do Parlamento Europeu premeia todos os anos indivíduos e organizações que se destacam na defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, tendo sido atribuído em 1999 a Xanana Gusmão (Timor-Leste) e em 2001 ao bispo Zacarias Kamwenho (Angola).

A cerimónia de entrega do prémio no valor de 50 mil euros será no dia 18 de dezembro.