O economista chinês Ilham Tohti, conhecido pela luta pelos direitos da minoria uigur e pela defesa de leis regionais de autonomia, é o vencedor do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, anunciou hoje o Parlamento Europeu.
A Conferência de Presidentes do Parlamento Europeu – estrutura que junta o líder do PE e dos partidos políticos representados na assembleia europeia – decidiu distinguir o intelectual Ilham Tohti, condenado em 2014 pela justiça chinesa a prisão perpétua por “separatismo”, num processo que suscitou uma onda de protestos por parte de Governos estrangeiros e organizações de defesa dos direitos humanos.
Ilham Tohti, an Uyghur economist fighting for the rights of China’s Uyghur minority, is the winner of the 2019 Sakharov Prize for Freedom of Thought.#SakharovPrize pic.twitter.com/vRTeVJw6m7
— European Parliament (@Europarl_EN) October 24, 2019
“O Parlamento Europeu expressa o seu apoio total pelo seu trabalho e pede a sua libertação imediata pelas autoridades chinesas”, afirmou o presidente David Sassoli no discurso da entrega do prémio.
????LIVE: Follow the announcement of this year's @Europar_EN #SakharovPrize for Freedom of Thought winner https://t.co/NjR0ZHyvKb
— Roberta Metsola (@EP_President) October 24, 2019
Entre os finalistas estavam três ativistas brasileiras: Marielle Franco, defensora brasileira dos direitos humanos, nomeadamente da comunidade negra, das mulheres e das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexuais (LGBTI), que foi brutalmente assassinada em março do ano passado, a ambientalista Claudelice Santos e a líder indígena Raoni Metuktire.
O prémio Sakharov do Parlamento Europeu premeia todos os anos indivíduos e organizações que se destacam na defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, tendo sido atribuído em 1999 a Xanana Gusmão (Timor-Leste) e em 2001 ao bispo Zacarias Kamwenho (Angola).
A cerimónia de entrega do prémio no valor de 50 mil euros será no dia 18 de dezembro.