A informação não podia ter sido avançada por alguém mais próximo do topo da hierarquia da Daimler, a casa-mãe da Mercedes, uma vez que foi o próprio Ola Källenius a confirmar que foi tomada a decisão de avançar com uma versão eléctrica do Classe G, o veículo da Mercedes com maior capacidade para evoluir fora de estrada.

O curioso será saber se a marca alemã vai conseguir manter a actual carroçaria e chassi, que sem plataforma plana torna difícil acomodar um pack de baterias com capacidade suficiente para mover o pesado veículo durante um número aceitável de quilómetros.

Para evitar consumos de 11 a 15 litros e emissões de CO2 entre 256 e 299 g de CO2/km, que tanto limitarão o cumprimento do limite de 95 g imposto pela União Europeia já em 2020, a Mercedes estava dividida entre pura e simplesmente “matar” o Classe G ou, em alternativa, electrificá-lo. Felizmente foi decidido adoptar motores eléctricos, o que permite manter um dos SUV mais inconfundíveis do mercado.

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Os primeiros passos para a adopção de um G movido a electrões foi dado por Arnold Schwarzenagger, que tratou de encomendar a um transformador europeu um Classe G eléctrico, partindo de uma versão a gasolina. Schwarzenagger manteve ainda contactos com Dieter Zetsche, o anterior CEO da Daimler, que lhe terá prometido um G a bateria, uma vez que a administração tinha decidido que toda a gama teria versões eléctricas.

Källenius, que este ano substituiu Zetsche na liderança do grupo, prometeu apresentar mais de 10 veículos 100% eléctricos até 2022. Um deles será o Classe G, segundo o responsável da transformação digital na Daimler, Sascha Pallenberg, que durante o Congresso AMW, onde Källenius fez o anúncio, publicou a decisão no Twitter: