A alemã Continental vai suprimir 5.500 empregos no mundo até 2028, num contexto de abrandamento conjuntural e de queda da procura por motores a combustão, anunciou esta quarta-feira o fornecedor automóvel germânico.

Com o objetivo de poupar 500 milhões, por ano, desde 2023, a Continental irá abandonar o fabrico de componentes hidráulicos para motores a diesel e a gasolina, pois estão cada vez menos populares à medida que a indústria automóvel se vira para a energia elétrica, refere o grupo empresarial em comunicado.

O patrão do grupo alemão, Elmar Degenhart, afirmou que estas medidas vão permitir à Continental, o segundo fornecedor automóvel do mundo e que emprega 240.000 pessoas, “suportar a transição tecnológica necessária e elevar a competitividade e a viabilidade futura [da empresa]”.

O Conselho de Supervisão da Continental aprovou esta quarta-feira cerca de 4.600 cortes nos postos de trabalho em cinco fábricas (três na Alemanha, uma na Virgínia, nos Estados Unidos, e uma outra em Pisa, em Itália).

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Na Carolina do Norte e na Malásia são cerca de 900 empregos que serão suprimidos e cujo anúncio já tinha sido feito no final de setembro. Na Alemanha, cerca de 1.800 empregos desaparecerão em Babenhausen até 2025 e a fábrica de Roding, que emprega 520 trabalhadores, fechará totalmente em 2024. A fábrica na Virgínia será igualmente encerrada, o que acontecerá também em Henderson, na Carolina do Norte, o que envolverá um total de 1.400 empregos.

Em Pisa, Itália, e em Limbach-Oberfrohna, na Alemanha, vai parar o fabrico de componentes hidráulicos até 2028, o que levará à supressão de 750 a 850 empregos, respetivamente.

No comunicado esta quarta-feira divulgado, o grupo afirmou, contudo, que “alargou o mercado de trabalho interno” e oferece formação para permitir que os trabalhadores possam responder à “procura interna e externa”. A Continental quer focar-se mais no seu crescimento e “nas atividades futuras”, como o fabrico de pneus e carros autónomos.