Os ministros da Administração Interna e da Saúde vão reunir-se nesta terça-feira para analisar os casos recentes de agressões a médicos em unidades de saúde.

De acordo com a agenda enviada às redações, Eduardo Cabrita e Marta Temido vão reunir-se na terça-feira às 10h nas instalações do Ministério da Administração Interna para “analisar os episódios recentes e estudar novas medidas para garantir a melhoria da segurança de todos os profissionais que trabalham nas unidades de saúde“.

“Os casos de violência contra os profissionais de saúde no local de trabalho são sempre atos condenáveis e motivo de grande preocupação para os Ministérios da Administração Interna e da Saúde”, lê-se na nota que acompanha a informação de agenda.

Agressões entre médico e utente por causa de baixa médica

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“Os últimos dados disponíveis indicam que, até final de setembro de 2019, foram reportados 995 casos na plataforma criada pela Direção Geral da Saúde (DGS) para o efeito, envolvendo vários grupos profissionais. Em 2018, foram comunicados 953 casos. As injúrias são o principal tipo de notificação, representando cerca de 80% do total”, diz o Governo.

O tema das agressões aos médicos voltou nas últimas semanas à agenda mediática com a notícia de que uma médica foi agredida por um utente no hospital de São Bernardo, em Setúbal.

Médica foi agredida por utente no Hospital de São Bernardo em Setúbal

O caso aconteceu no final de dezembro, quando uma utente que aguardava a sua vez para ser atendida naquele hospital entrou no gabinete da médica, puxou-lhe os cabelos e enfiou-lhe um dedo no olho. A médica teve de ser submetida a uma pequena cirurgia no mesmo hospital.

Mais recentemente, na semana passada, registou-se um novo caso de agressões entre um médico e um utente num centro de saúde em Moscavide, Lisboa.

De acordo com as autoridades, o episódio de violência começou depois de o médico de 66 anos ter recusado passar uma baixa médica ao utente, de 21 anos.