A Mercedes surpreendeu o mercado quando, no final de 2017, introduziu no mercado a primeira pick-up de luxo. Fazer de um veículo de trabalho uma proposta premium não é propriamente um desafio fácil de levar a bom porto, mas a realidade é que a Classe X surpreendeu pela positiva. Já as vendas não, tendo acabado por ser uma desilusão, e deverá ser esse o motivo que levou a marca a optar por descontinuar a produção. A partir de Maio próximo, da linha da Nissan em Barcelona, onde a pick-up alemã é fabricada, passam a sair apenas Nissan Navara e Renault Alaskan.

Classe X: mais do que uma Nissan, uma surpresa

O Observador confirmou esta informação junto da Mercedes, pese embora a marca não tenha até agora assumido oficialmente os motivos que a levam a decidir-se pela saída de cena da Classe X. Isto apenas 2,5 anos depois de a pick-up com o emblema da estrela ter feito a sua estreia no mercado. Contudo, conforme avança a imprensa espanhola, vendas aquém das expectativas, problemas iniciais de produção e custos mais elevados do que o previsto, ditaram a morte precoce da Classe X.  A estas explicações poderá juntar-se ainda o facto de a Daimler estar a proceder a ajustes/cortes.

O fim do acordo entre a Nissan e a Mercedes, para este modelo em concreto, não vem melhorar a situação da fábrica espanhola que, mesmo com a Classe X, regista uma produção que corresponde a 30% da capacidade instalada. A pick-up alemã representava 15% da produção actual. Em 2019, foram comercializadas cerca de 15.300 unidades da Classe X em todo o mundo, sendo a Alemanha, Grã-Bretanha, Austrália e África do Sul os mercados onde a pick-up teve maior procura.

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