O ministro da Administração Interna disse esta quarta-feira que a cooperação transfronteiriça em matéria de segurança será um dos temas a debater na próxima Cimeira Ibérica, assegurando que há bom entendimento com as forças de segurança espanholas.
A cooperação transfronteiriça é uma prioridade deste Governo, valorizando as zonas mais próximas daquilo que é o grande espaço ibérico, o mais próximo daquilo que é a Europa, onde nos integrámos. O tema será debatido na próxima Cimeira Ibérica”, disse Eduardo Cabrita, referindo que já há “reuniões regulares com Espanha em matéria de segurança”.
O governante presidiu esta quarta-feira às cerimónias do 101.º aniversário do Comando Territorial de Bragança do GNR, que se realizaram na cidade fronteiriça de Miranda do Douro.
Nós fechámos, na área marítima, a ligação com um controlo conjunto de zonas de fronteira, quer a sul, quer a norte e temos mesmo uma experiência muito positiva de patrulhamento conjunto nas zonas maior afluência turística, com elementos da GNR e da Guardia Civil (Espanha)”, exemplificou Eduardo Cabrita.
O governante adiantou que no que respeita aos fluxos migratórios “há uma boa gestão de informação” entre as forças policiais portuguesas e espanholas” com muita proximidade. “Sempre que necessário, partilhamos atividades operacionais quer de investigação criminal ou de repressão de fenómenos criminais que ocorram dum lado ou de outro da fronteira”, frisou.
O ministro da Administração Interna está no distrito de Bragança no âmbito da iniciativa “Governo Mais Próximo”.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, disse que o território de fronteira “é seguro”, como é o caso deste concelho trasmontano.
Sendo o Planalto Mirandês uma porta de entrada para quem vem de Espanha e do resto da Europa, quem entra tem de sentir que há segurança neste território. O sentimento de segurança vai criar fluxos turísticos, fruto da boa cooperação das forças policiais dos dois países ibéricos”, indicou o autarca.
Para Artur Nunes, a palavra-chave é “segurança máxima” no território transfronteiriço do nordeste transmontano.