Ana Botín, a presidente do grupo espanhol Santander, divulgou um testemunho pessoal e emotivo em reação à morte de António Vieira Monteiro, umas das primeiras vítimas portuguesas do surto de coronavírus.  Nesta mensagem, a gestora lembra o “querido amigo” e o grande “líder e profissional” que foi até recentemente presidente executivo do Santander em Portugal, grupo onde trabalhou durante 20 anos.

Botín conta que falou na manhã de quarta-feira com o atual presidente em Portugal, Pedro Castro e Almeida e com uma das filhas de Vieira Monteiro, que não poderá estar presente no funeral, porque também ela está infetada. Aliás, lamenta: “Nem eu nem os meus colegas – ainda que estejamos saudáveis – também não poderemos estar presentes”.

” O António, lamenta, “deixou-nos cedo demais”. Ana Botín que vive em Espanha um dos países mais atingidos pela pandemia, afirma mesmo que com esta morte “senti pessoalmente a real dimensão desta crise. É um dos momentos mais tristes que já tive no Banco”.

A gestora, filha de Emílio Botín, o homem que fez o Santander crescer em Portugal, lembra vários momentos memoráveis com Vieira Monteiro que descreve como “prudente e decisivo. Um verdadeiro gestor do risco, era exímio nisso”.  E lembra as conversas em fins de semana e os conselhos sobre uma oferta ou uma aquisição de um banco, ou sobre como apoiar um grande cliente.

A presidente do Santander, um dos maiores bancos europeus, deixa ainda uma mensagem aos colaboradores, mas também a outros gestores e aos governos.

“Vamos trabalhar em conjunto para salvar vidas e ajudar aquelas pessoas que estão a trabalhar para salvar vidas. Deixemos que cada um de nós faça o que é melhor, e esqueçamos ideologias e partidos políticos. Agora, mais do que nunca, somos todos uma família global. Trabalhando juntos, podemos resolver isto mais rapidamente e recuperar mais rapidamente”.

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