Portugal tem 21.379 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país desta terça-feira, dia 21 de abril. Houve um aumento de 516 casos, num acréscimo percentual de 2,5%, menos 0,8% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 735 para 762, mais 27, com especial incidência no Norte, o que fez subir ligeiramente a taxa de mortalidade para 3,56% (3,52% na véspera). O número de casos recuperados subiu para 917, mais 307 em relação ao último Boletim. Ou seja, e depois da grande subida que já se tinha verificado na passa semana, houve agora um acréscimo percentual de 50,3% apenas num dia, o que faz com que Portugal tenha pela primeira vez mais casos recuperados do que vítimas pela Covid-19.

Boletim DGS. Faixa dos 20 aos 29 anos teve a maior subida nos novos casos, que foi apenas de 13,9% acima dos 70 anos

Em paralelo, o Boletim de hoje confirma o decréscimo ligeiro mas constante no número de casos internados e em Unidades de Cuidados Intensivos; Lisboa tornou-se o concelho do país com mais casos (além de ter registado a maior subida do dia); houve um aumento anormal de 36,2% no número de novos casos acima dos 80 anos; e pelo terceiro dia consecutivo não foram registados novos casos importados (que se mantêm nos 735). De referir ainda a “normalização” dos valores entre os casos suspeitos e não confirmados, com subidas mais baixas.

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O que tem mesmo de saber sobre o coronavírus em Portugal

A análise do Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal desta terça-feira, dia 21 de abril, pode ser feita através de vários pontos distintos, a saber:

Número total de casos, mortes e recuperados

Casos recuperados com aumento recorde de 50,3%. Portugal tem 21.379 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país desta terça-feira, dia 21 de abril. Houve um aumento de 516 casos, num acréscimo percentual de 2,5%, menos 0,8% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 735 para 762, mais 27, com especial incidência no Norte, o que fez subir ligeiramente a taxa de mortalidade para 3,56% (3,52% na véspera). O número de casos recuperados subiu para 917, mais 307 em relação ao último Boletim, num aumento que corresponde a 50,3%.

Caracterização dos óbitos

Portugal regista a nona vítima abaixo dos 50 anos. Mantém-se a incidência nas pessoas acima dos 70 anos (24 das 27 mortes neste Boletim), que representam 87,4% das 762 mortes por Covid-19 no país (507 acima dos 80 anos, 159 entre os 70 e os 79 anos). Ainda assim, nota para a nona morte no país entre pessoas com menos de 50 anos. A pessoa mais nova a ser vítima de Covid-19 em Portugal tinha 40 anos. A nível de regiões, o Norte continua a ser a que conta com mais óbitos, tendo nas últimas 24 horas um total de 17 mortes num total de 441. Registaram-se mais sete vítimas na região Centro que ontem não tinha registado qualquer óbito (total de 171) e mais três na região de Lisboa e Vale do Tejo, num total de 133.

Caracterização do número de casos por região

Alentejo e Madeira com maiores subidas percentuais. O Norte voltou a ser a região com o maior aumento de casos em termos brutos confirmando a tendência das últimas duas semanas, mais do dobro das restantes regiões do país: 263, num acrescento ainda assim de apenas 2,1% para um total de 12.806. Registaram-se também mais 187 casos em Lisboa e Vale do Tejo (subida de 4%, a terceira maior do dia neste parâmetro, num total de 4.896) e apenas mais 47 no Centro (aumento de 1,6%, num total de 2.999). As grandes subidas neste Boletim em termos percentuais concentram-se no Alentejo, com mais 12 casos num total de 173 (mais 7,5%), e na Madeira, com mais cinco casos num total de 85 (mais 6,3%, depois da subida de 31,1% na véspera). O Sul teve mais dois casos (mais 0,6%, num total de 313), enquanto os Açores mantêm os mesmos 107 casos.

Número de países e casos importados

Terceiro dia consecutivo sem registo de casos importados. À semelhança do que se tinha passado no domingo e na segunda-feira, e depois de uma semana com crescimento mais ténue neste parâmetro (28 novos casos importados entre os dias 13 e 19), o Boletim de hoje não apresenta pelo terceiro dia consecutivo qualquer variação a nível de número de casos importados nem países de importação, mantendo-se assim os 735 casos de 48 países. Espanha (171), França (130), Reino Unido (82), Emirados Árabes Unidos (46) e Suíça (45) são os cinco países com maior registo de casos importados.

Número de casos por grupo etário

36,2% dos novos casos acima dos 80 anos. Ao contrário do que se passou esta segunda-feira, a faixa entre os 50 e os 59 anos volta a ser aquela que tem o maior número de casos ativos de Covid-19, de acordo com o Boletim de hoje: mais 88 casos, num total de 3.670, enquanto a faixa entre os 40 e os 49 anos registou apenas mais 22 casos, num total de 3.620. Ainda assim, a grande variação em termos indicativos acabou por ser a percentagem mais alta dos novos casos acima dos 70 anos, que foi nas últimas 24 horas de 41,7% (mais do dobro do que na véspera, sendo que se fixou em 36,2%, olhando apenas para a faixa acima dos 80 anos), entre a faixa dos 70 aos 79 anos (mais 28, num total de 1.905) e acima dos 80 anos (mais 187, num total de 3.319). Num dado novo em relação aos últimos relatórios mas que já antes se tinha verificado, a faixa acima dos 80 anos foi aquela que teve a maior subida nas últimas 24 horas (187), mais do dobro do que o segundo grupo etário com mais casos (50 a 59 anos, 88).

Número de casos internados e nos cuidados intensivos

Menos 36 casos internados e menos quatro em UCI. Depois de duas variações pontuais na semana passada que contrariam uma tendência que se tem vindo a acentuar nos últimos dias, continua a haver uma estabilização dos valores de casos internados e em UCI, neste caso até com pequenos decréscimos em ambos os parâmetros: registam-se menos 36 casos internados nas últimas 24 horas (descida de 3%, num total de 1.172) e menos dois casos em Unidades de Cuidados Intensivos (descida de 0,9%, num total de 213).

Número de casos suspeitos, não confirmados, em vigilância e a aguardar resultados

Valores de casos suspeitos e não confirmados voltam a “normalizar”. Ao contrário do que tinha acontecido no Boletim de domingo e segunda-feira, em que houve acréscimos sem precedentes entre os casos suspeitos e não confirmados, o Boletim de hoje voltou a “normalizar” os valores nestes parâmetros mais gerais: o número de casos suspeitos teve um aumento de 2,2% (mais 4.416, depois dos 35.642 das últimas 48 horas, num total de 202.769) e o número de casos não confirmados subiu 2,1% (mais 3.630, depois dos 34.891 da véspera, num total de 176.381). Houve ainda uma variação negativa de 0,5% nestes parâmetros mais globais apresentados no número de contactos em vigilância pelas autoridades de saúde (menos 159, num total de 30.646) e uma subida de 5,7% no número de casos a aguardar resultados (mais 270, num total de 5.009).

Caracterização dos casos por género

59,1% dos casos registam-se entre mulheres. Continua a confirmar-se uma tendência de distribuição por género em Portugal: a percentagem de mulheres infetadas tem vindo a subir de forma ligeira e gradual, com mais 72 mulheres do que homens infetados apenas em relação a este novo Boletim (na véspera tinham sido 61) num total de mais 3.881 casos positivos em mulheres (num total de 12.630 casos, 59,1% dos 21.379 em Portugal).

Número de casos por concelho

Lisboa passa a ser o concelho com mais casos. O Porto deixou de ser o concelho com mais casos positivos confirmados de Covid-19, de acordo com o Boletim da DGS desta terça-feira, o que confirma também os valores a nível de regiões bem mais parecidos entre Norte e Lisboa e Vale do Tejo: Lisboa teve a maior subida a nível de concelhos, com mais 85 casos num total de 1.145, ao passo que o Porto teve apenas mais três casos (num total de 1.071) e Vila Nova de Gaia mais seis (num total de 1.066). Além de Lisboa, as maiores subidas do dia registaram-se em Braga (mais 46 casos, num total de 902), em Loures (mais 32 casos, num total de 292) e em Oeiras (mais 21 casos, num total de 218). Também Vila do Conde superou a fasquia dos 200 ou mais casos (202).

Caracterização dos casos confirmados por sintomas

Tosse continua a ser o principal sintoma apontado. Os sintomas apresentados esta terça-feira entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 82% desses casos, menos 1% do que ontem como é referido) mantêm-se quase inalterados em relação aos últimos dias, com uma preponderância maior de tosse (52%) e febre (37%, menos 1%), seguidas de dores musculares (27%) e cefaleia (25%, mais 1%). Fraqueza generalizada (20%) e dificuldades respiratórias (15%, menos um) são os sintomas com menor taxa de incidência.