Portugal tem 22.797 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país desta sexta-feira, dia 24 de abril. Houve um aumento de 444 novos casos, num acréscimo percentual de 2%, mais 0,3% do que na véspera (naquele que foi o quarto menor aumento bruto do mês). Já o número de mortes subiu de 820 para 854, mais 34, com especial incidência no Norte e também em Lisboa e Vale do Tejo, o que fez subir a taxa de letalidade para 3,75% (3,67% na véspera). O número de casos recuperados, que desde terça-feira ultrapassou o número de óbitos no país, é agora de 1.228, mais 27 (um aumento agora de apenas de 2,2%) depois da subida a pique nos últimos três dias (591).
Ainda assim, a grande nota do dia acaba por concentrar-se no número de casos internados e em Unidades de Cuidados Intensivos: foi o oitavo dia consecutivo com menos casos internados, com um total de 1.068 casos que não se registava desde o dia 3 de abril (1.058) e o sexto dia consecutivo com menos casos em UCI, menos 16 do que ontem com um total de 188 que representa não só a terceira maior descida do mês mas também o número total mais baixo que se registou em abril, a par dos valores no dia 13 quando houve um decréscimo de 40.
Entre os outros parâmetros, nota para quase o triplo de novos casos no Norte a comparar com todas as outras regiões; para as subidas diminutas entre os 25 concelhos com maior incidência de casos no país; para as subidas mais estáveis entre os casos suspeitos e não confirmados (que passaram os 200 mil); e para mais um dia sem casos importados, o quarto da semana que teve apenas nesta quinta-feira uma exceção (seis novos casos).
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A análise do Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal desta sexta-feira, dia 24 de abril, pode ser feita através de vários pontos distintos, a saber:
Número total de casos, mortes e recuperados
Taxa de letalidade sobe para 3,75%. Portugal tem 22.797 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país. Houve um aumento de 444 novos casos, num acréscimo percentual de 2%, mais 0,3% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 820 para 854, mais 34, com especial incidência no Norte e em Lisboa e Vale do Tejo, o que fez subir a taxa de letalidade para 3,75% (3,67% na véspera). O número de casos recuperados, que desde terça-feira ultrapassou o número de óbitos no país, é agora de 1.228, mais 27 (um aumento agora de apenas de 2,2%) depois da subida a pique nos últimos três dias (591).
Caracterização dos óbitos
Lisboa e Vale do Tejo com quase tantas mortes do que o Norte. Mantém-se a incidência nas pessoas acima dos 70 anos (29 das 34 mortes neste Boletim), que representam 87,6% das 854 mortes por Covid-19 no país (574 acima dos 80 anos, 174 entre os 70 e os 79 anos). Das 34 mortes nas últimas 24 horas, 23 registaram-se em pessoas acima dos 80 anos e houve mais cinco entre os 50 e os 70 anos. A nível de regiões, o Norte continua a ser a que conta com mais óbitos, tendo nas últimas 24 horas um total de 16 mortes num total de 491. Ainda assim, e ao contrário do que se tem verificado, a subida mais acentuada registou-se em Lisboa e Vale do Tejo, com mais 14 vítimas num total de 160. Nota ainda para mais quatro mortes no Centro, num total de 183.
Caracterização do número de casos por região
Norte teve quase o triplo de novos casos do que todas as outras regiões juntas. O Norte voltou a ser a região com o maior aumento de casos em termos brutos (e percentuais), confirmando a tendência das últimas duas semanas, quase com o triplo do total de todas as restantes regiões do país: 325, num acrescento de 2,4% para um total de 13.707. Registaram-se também mais 83 casos em Lisboa e Vale do Tejo (subida de 1,6%, num total de 5.277) e apenas mais 32 no Centro (aumento de 1%, num total de 3.116). Nas restantes subidas (residuais), houve mais dois casos no Alentejo (mais 1,1%, num total de 183 casos) e mais dois no Sul (mais 0,6%, num total de 320 casos). O número de casos mantém-se igual nos Açores (109) e na Madeira (85) pelo segundo dia consecutivo.
Número de países e casos importados
Não houve novos casos importados. Ao contrário do que se tinha passado ontem, em que surgiram mais seis casos importados do Reino Unido e da África do Sul (de recordar que, na semana passada, houve um aumento de 28 novos casos importados entre os dias 13 e 19), o Boletim de hoje não regista qualquer novo caso importado, mantendo-se assim o total de 741 provindos de 48 países. Espanha (171), França (130), Reino Unido (87), Emirados Árabes Unidos (46) e Suíça (45) continuam como os cinco países com maior registo de casos importados.
Número de casos por grupo etário
Maior aumento de casos volta a registar-se entre os 20 e os 29 anos. A faixa entre os 50 e os 59 anos continua a ser aquela que tem o maior número de casos de Covid-19: mais 62 casos, num total de 3.880, enquanto a faixa entre os 40 e os 49 anos registou mais 45 casos, num total de 3.830. Em relação a ontem, os dois valores com maior flutuação esta semana tenderam a decrescer em termos de picos máximos e mínimos (um de forma mais acentuada do que o outro): a percentagem de novos casos até aos 50 anos, que tinha baixado antes de 58,5% para 49,6%, desceu mais um pouco para os 43,5%, ao passo que a percentagem de novos casos acima dos 70 anos, que tinha subido antes de 14,4% para 27,5%, atinge agora os 27,7% (mais 48 na faixa entre os 70 e os 79 anos, num total de 2.047, e mais 75 na faixa acima dos 80 anos, num total de 3.489). À semelhança do que já tinha acontecido ontem, o grupo etário com mais novos casos centrou-se entre os 20 e os 29 anos (mais 77, num total de 2.608).
Número de casos internados e nos cuidados intensivos
Há menos 27 casos internados e 16 em UCI. Depois de duas variações pontuais na semana passada que contrariam uma tendência que se tem vindo a acentuar nos últimos dias, continua a haver uma estabilização dos valores de casos internados e em UCI, mais uma vez até com decréscimos em ambos os parâmetros: registam-se menos 27 casos internados nas últimas 24 horas (descida de 2,5%, num total de 1.068) e menos 16 casos em Unidades de Cuidados Intensivos (descida de 7,8%, num total de 188). De acrescentar que este foi o terceiro dia com maior descida no número de casos em UCI, apenas superado pelos dias 13 de abril (40) e 8 de abril (26). De referir que ontem tinha sido também o dia em abril com a maior descida no número de casos internados.
Número de casos suspeitos, não confirmados, em vigilância e a aguardar resultados
Casos não confirmados passam os 200 mil. Depois das subidas sem precedentes no domingo e na segunda-feira, em que houve acréscimos na ordem dos 35 mil casos entre suspeitos e não confirmados, e de aumentos um pouco mais altos do que é habitual, o Boletim de hoje volta a estabilizar estes parâmetros gerais: o número de casos suspeitos teve um aumento de 3,4% (mais 7.545, num total de 227.393) e o número de casos não confirmados subiu 3,5% (mais 6.772, num total de 200.219). O número de contactos em vigilância pelas autoridades de saúde voltou a descer 2,4% (menos 721, num total de 29.621) e houve ainda uma subida de 8,1% (depois do aumento de 25,8% na véspera) no número de casos a aguardar resultados (mais 329, num total de 4.377).
Caracterização dos casos por género
59% dos casos registam-se entre mulheres. Continua a confirmar-se uma tendência de distribuição por género em Portugal: o número de mulheres infetadas tem vindo a subir de forma ligeira e gradual (depois da pequena diferença que contrariou ontem a “regra”) e há mais 4.079 casos positivos entre mulheres (13.438), que representam 59% dos 22.797 casos em Portugal (ainda assim menos 0,1% do que na véspera).
Número de casos por concelho
25 concelhos com maior incidência tiveram aumento máximo de cinco casos. Lisboa, que voltou esta semana a ser o concelho com mais casos de Covid-19 no país, reforçou essa “posição” no Boletim da DGS apresentado esta sexta-feira, tendo a maior subida entre todos os concelhos mas com apenas mais cinco casos, num total de 1.271. Aliás, esse é o dado mais “anormal” das alterações relativas às últimas 24 horas (olhando apenas para os Boletins da DGS): todos os 25 concelhos com maior incidência tiveram um aumento máximo de cinco casos, como aconteceu não só em Lisboa mas também em Matosinhos (total de 934). Vila Nova de Gaia continua a ser o segundo concelho com mais casos (mais dois, num total de 1.163), seguido pelo Porto (mais quatro, total de 1.103)
Caracterização dos casos confirmados por sintomas
Tosse continua a ser principal sintoma apontado. Os sintomas apresentados esta sexta-feira entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 80% desses casos, menos 3% do que ontem como é referido) sofreram uma ligeira variação negativa em relação aos últimos dias: há uma preponderância maior de tosse (50%, menos 1%) e febre (36%), seguidas de dores musculares (26%, menos 1%) e cefaleia (24%). Fraqueza generalizada (20%) e dificuldades respiratórias (14%) são os sintomas com menor taxa de incidência.