O desenvolvimento e disponibilização de uma vacina para a Covid-19 é a prioridade da União Europeia (UE), disse esta sexta-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen numa conferência de imprensa virtual sobre o combate ao novo coronavírus.

“Precisamos de ações sustentadas em muitas frentes, precisamos de desenvolver uma vacina, de a produzir, de a distribuir por todos os cantos do mundo e de a disponibilizar a preços acessíveis”, disse von der Leyen, na sua intervenção, a partir de Bruxelas, numa conferência de imprensa coletiva organizada pela Organização Mundial de Saúde.

Esta vacina será o nosso bem comum universal e quero convidar todos – governos, empresários, filantropos, artistas e cidadãos – para ajudarem a criar uma frente unida contra o coronavírus”, acrescentou ainda.

Neste sentido, a líder do executivo comunitário reiterou que, em 4 de maio, decorrerá uma conferência virtual de doadores para angariar fundos para o combate à Covid-19, adiantando serem precisos, para já, “7,5 mil milhões de euros para financiar os trabalhos de prevenção, diagnóstico e tratamento”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Von der Leyen disse também querer deixar uma “mensagem de esperança”.

Esperança de que juntos possamos derrotar o coronavírus e regressarmos às nossa vidas quotidianas o mais breve possível”, vincou.

A UE, garantiu ainda, “não poupará nenhum esforço para ajudar o mundo a combater o coronavírus”, porque, unidos, destacou: “Faremos história com uma resposta global a uma pandemia global”.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou cerca de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 854 pessoas das 22.797 confirmadas como infetadas, e há 1.228 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.