Portugal tem 23.392 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país deste sábado, dia 25 de abril. Houve um aumento de 595 novos casos, num acréscimo percentual de 2,6%, mais 0,6% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 854 para 880, mais 26 (ontem tinha sido 34), com especial incidência no Norte e em Lisboa e Vale do Tejo, o que fez subir ligeiramente a taxa de letalidade para 3,76% (3,75% na véspera). O número de casos recuperados, que desde terça-feira ultrapassou o número de óbitos no país e que tem tendencialmente aumentado essa diferença, é agora de 1.277, mais 49 (um aumento agora de 4%) depois da subida a pique nos últimos quatro dias (618).

Boletim DGS. Casos em UCI descem pelo sexto dia consecutivo e igualam menor registo total do mês

Olhando para as principais variações do dia, o maior destaque vai para as diferenças a nível de concelhos: depois de um dia em que houve aumentos de apenas cinco casos no máximo entre todos os concelhos com mais de 200 casos registados de Covid-19, Lisboa teve a maior subida nas últimas 24 horas com mais 75 casos, reforçando assim a “posição” de concelho com mais casos no país (1.346). À semelhança do que já se tinha passado ontem, e num valor diferente do que era a tendência, a região de Lisboa e Vale do Tejo teve quase tantas mortes do que o Norte (10-11). De referir ainda que o número de casos internados e em UCI voltou a descer pelo sétimo dia consecutivo, não houve novos casos importados e registou-se a décima vítima no país abaixo dos 50 anos.

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O que tem mesmo de saber sobre o coronavírus em Portugal

A análise do Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal deste sábado, dia 25 de abril, pode ser feita através de vários pontos distintos, a saber:

Número total de casos, mortes e recuperados

Lisboa e Vale do Tejo com quase tantas mortes do que o Norte. Portugal tem 23.392 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país deste sábado, dia 25 de abril. Houve um aumento de 595 novos casos, num acréscimo percentual de 2,6%, mais 0,6% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 854 para 880, mais 26, com especial incidência no Norte e em Lisboa e Vale do Tejo, o que fez subir ligeiramente a taxa de letalidade para 3,76% (3,75% na véspera). O número de casos recuperados, que desde terça-feira ultrapassou o número de óbitos no país, é agora de 1.277, mais 49 (um aumento agora de 4%) depois da subida a pique nos últimos quatro dias (618).

Caracterização dos óbitos

Décima vítima abaixo dos 50 anos. Mantém-se a incidência nas pessoas acima dos 70 anos (21 das 26 mortes neste Boletim), que representam 87,4% das 880 mortes por Covid-19 no país (591 acima dos 80 anos, 178 entre os 70 e os 79 anos). Das 26 mortes nas últimas 24 horas, 17 registaram-se em pessoas acima dos 80 anos e houve mais cinco entre os 50 e os 70 anos, incluindo mais uma pessoa abaixo dos 50 anos (a décima). A nível de regiões, o Norte continua a ser a que conta com mais óbitos, tendo nas últimas 24 horas um total de 11 mortes num total de 502. Ainda assim, e como se tinha verificado ontem, a subida mais acentuada registou-se em Lisboa e Vale do Tejo, com mais dez vítimas num total de 170. Nota ainda para mais cinco mortes no Centro, num total de 188.

Caracterização do número de casos por região

Sul não registou novos casos nas últimas 24 horas. O Norte voltou a ser a região com o maior aumento de casos em termos brutos, confirmando a tendência das últimas duas semanas ainda que de forma menos expressiva, quase com o dobro do total de todas as restantes regiões do país: 365, num acrescento de 2,7% para um total de 14.072. Registaram-se também mais 158 casos em Lisboa e Vale do Tejo (subida de 3%, a maior em termos percentuais do dia, num total de 5.435) e mais 67 no Centro (aumento de 2,2%, quase o dobro dos últimos dois dias, num total de 3.183). Nas restantes subidas (residuais), houve mais dois casos no Alentejo (mais 1,1%, num total de 185 casos), mais dois nos Açores (mais 1,8%, num total de 111) e mais um na Madeira (mais 1,2%, num total de 86). De referir que não se registou qualquer novo caso no Sul, que mantém os 320 casos.

Número de países e casos importados

Mais um dia sem registo de casos importados (o quinto esta semana). Ao contrário do que se tinha passado na quinta-feira, em que surgiram mais seis casos importados do Reino Unido e da África do Sul (de recordar que, na semana passada, houve um aumento de 28 novos casos importados entre os dias 13 e 19), o Boletim de hoje volta a não ter registo de qualquer novo caso importado, mantendo-se assim o total de 741 provindos de 48 países. Espanha (171), França (130), Reino Unido (87), Emirados Árabes Unidos (46) e Suíça (45) continuam como os cinco países com maior registo de casos importados.

Número de casos por grupo etário

50% dos casos abaixo dos 50 anos. A faixa entre os 50 e os 59 anos continua a ser aquela que tem o maior número de casos de Covid-19: mais 99 casos, num total de 3.979, enquanto a faixa entre os 40 e os 49 anos registou mais 115 casos, num total de 3.945. Em relação a ontem, os dois valores com maior flutuação tenderam a aumentar/decrescer os registos dos últimos três dias: a percentagem de novos casos até aos 50 anos, que tinha sido de 58,5% na quarta-feira e baixou para 43,5% até sexta-feira, voltou a subir para 50%, ao passo que a percentagem de novos casos acima dos 70 anos, que tinha subido de 14,4% na quarta-feira até 27,7% na sexta-feira, desceu agora os 23,4% (mais 39 na faixa entre os 70 e os 79 anos, num total de 2.086, e mais 100 na faixa acima dos 80 anos, num total de 3.589). Ao contrário do que tinha acontecido na véspera, o grupo etário com mais novos casos centrou-se entre os 40 e os 49 anos (mais 115, num total de 3.945), seguido da faixa acima dos 80 anos (100).

Número de casos internados e nos cuidados intensivos

Casos internados e em UCI descem pelo sétimo dia consecutivo. Depois de duas variações pontuais na semana passada que contrariam uma tendência que se tem vindo a acentuar nos últimos dias, continua a haver uma estabilização dos valores de casos internados e em UCI, mais uma vez até com decréscimos: registam-se menos 28 casos internados nas últimas 24 horas (descida de 2,6%, num total de 1.040) e menos dois casos em Unidades de Cuidados Intensivos (descida de 1,1%, num total de 186). De acrescentar que este foi o sétimo dia consecutivo em que desceram os casos internados e em UCI, o nono olhando apenas para os casos internados.

Número de casos suspeitos, não confirmados, em vigilância e a aguardar resultados

Casos suspeitos e não confirmados com subidas mais ténues. Depois das subidas sem precedentes no domingo e na segunda-feira, em que houve acréscimos na ordem dos 35 mil casos entre suspeitos e não confirmados, e de alguns aumentos um pouco mais altos do que é habitual durante a semana, o Boletim de hoje estabiliza (por baixo) estes parâmetros gerais: o número de casos suspeitos teve um aumento de 1,9% (mais 4.334, num total de 231.737) e o número de casos não confirmados subiu 1,7% (mais 3.343, num total de 203.562). O número de contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, que tinha descido nos dois últimos dias, subiu 1% (mais 311, num total de 29.932) e houve ainda uma subida de 9,3% (depois do aumento de 8,1% esta sexta-feira e de 25,8% na quinta-feira) no número de casos a aguardar resultados (mais 406, num total de 4.783).

Caracterização dos casos por género

59% dos casos confirmados entre mulheres. Continua a confirmar-se uma tendência de distribuição por género em Portugal: o número de mulheres infetadas tem vindo a subir de forma ligeira e gradual (depois da pequena diferença que contrariou a “regra” na passada quinta-feira) e há mais 4.214 casos positivos entre mulheres, mais 135 do que na véspera (num total de 13.803), que representam 59% dos 23.392 casos em Portugal.

Número de casos por concelho

Lisboa com o maior aumento do dia (mais um vez). Depois de um Boletim com números “anormais” esta sexta-feira, onde todos os concelhos acima dos 200 casos confirmados tiveram subidas máximas de apenas cinco casos, Lisboa, que voltou esta semana a ser o concelho com mais casos de Covid-19 no país, reforçou essa “posição” com o maior aumento (e bem destacado) do dia: 75, num total de 1.346. Vila Nova de Gaia continua a ser o segundo concelho com mais casos (mais 17, num total de 1.180), seguido pelo Porto (mais 17, total de 1.120). As outras subidas mais altas do dia registaram-se em Guimarães (mais 26, num total de 486) e em Braga (mais 24, num total de 974). Houve também mais um concelho a passar a barreira dos 200 ou mais casos, Almada (210).

Caracterização dos casos confirmados por sintomas

Tosse e febre continuam a ser os principais sintomas apresentados. Os sintomas apresentados este sábado entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 80% desses casos, o mesmo de ontem como é referido) não sofreram qualquer variação em relação a ontem: há uma preponderância maior de tosse (50%) e febre (36%), seguidas de dores musculares (26%) e cefaleia (24%). Fraqueza generalizada (20%) e dificuldades respiratórias (14%) são os sintomas com menor taxa de incidência.