Macau anunciou nesta sexta-feira um sistema de códigos QR que vai diferenciar com cores os graus de risco de contágio pela covid-19, com o vermelho a banir as pessoas de entrarem em serviços públicos e espaços comerciais.

O sistema, denominado de Código de Saúde de Macau, vai entrar em vigor às 09:00 (02:00 em Lisboa) de domingo.

A cor vermelha vai identificar os casos confirmados ou suspeitos, a amarela aqueles que tiveram contactos próximos com pessoas infetadas, com os restantes a serem distinguidos com um código verde.

O sistema de códigos, disponível a partir do telemóvel, é semelhante ao utilizado já na China. Só é necessário um registo no sistema “Código de Saúde de Macau”. Depois disso, desde que os sintomas, o histórico de contactos e de viagens sejam declarados, a cor do “Código de Saúde de Macau” será atualizada.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As autoridades informaram hoje que o Governo de Macau decidiu reforçar a aquisição de instrumentos e equipamentos de deteção de ácido nucleico e a apostar no aumento da capacidade de detetar novos casos. No início do surto existia a capacidade para se realizarem 500 a 600 testes por dia. A expansão da capacidade de deteção permite agora cerca de seis mil testes/dia.

Na mesma conferência de imprensa, as autoridades anunciaram que mais duas pessoas receberam alta hospitalar, permanecendo agora oito pessoas internadas a receberem tratamento para a covid-19.

A partir de janeiro, Macau começou por registar uma primeira vaga de 10 casos. Depois de 40 dias sem identificar novos casos, o território detetou a partir de 15 de março mais 35, todos eles importados. Macau cumpriu hoje o 23.º dia consecutivo sem registar novos casos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France-Presse, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 230 mil mortos e infetou mais de 3,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.