A gestão da pandemia da Covid-19 fez disparar a popularidade de António Costa entre os portugueses, de acordo com os resultados da mais recente edição de um barómetro periódico que a empresa de sondagens Pitagórica elabora para o Jornal de Notícias e a TSF.
Segundo o barómetro, é agora de 74% a percentagem de portugueses que aprovam a forma de governar de Costa, uma subida de 14 pontos percentuais relativamente à sondagem de março e uma subida de 24 pontos percentuais face à sondagem de há um ano.
A chamada “taxa de aprovação” do primeiro-ministro e do Governo vinha-se mantendo estável ligeiramente acima dos 50% ao longo dos últimos meses, mas com a situação pandémica em que o país mergulhou a partir de março esta taxa de popularidade começou a subir. Em março, já eram 60% os portugueses que estavam satisfeitos com o desempenho de Costa.
Mas em crescimento está também a popularidade da oposição. Se em março eram 17% os portugueses que consideravam positivo o desempenho da oposição, este valor praticamente duplicou em abril, com 31% dos portugueses a avaliarem como positiva a forma como a oposição liderada pelo PSD está a desempenhar o seu papel no atual contexto político.
54% pensam que Marcelo devia exigir mais do Governo
Esta subida em flecha da popularidade de António Costa está também a reduzir a diferença entre a confiança dos portugueses no primeiro-ministro e no Presidente da República. Segundo a edição mais recente do barómetro, são 13% os que consideram que António Costa merece mais confiança do que Marcelo Rebelo de Sousa, contra 38% que consideram que Marcelo merece mais confiança do que Costa.
Esta diferença, agora de 25 pontos percentuais, já chegou a ser de 52 pontos percentuais no ano passado.
Mas a popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa também se mantém alta. Segundo o barómetro, 87% dos portugueses avaliam positivamente o desempenho do Presidente da República — um valor que se tem mantido relativamente estável em torno dos 90%.
Contudo, ainda há uma quantidade considerável de portugueses — 54%, segundo o barómetro — que consideram que Marcelo devia ser mais exigente com o Governo. O valor, porém, tem vindo a descer. No mês passado, eram 63% os que queriam que Marcelo fosse mais exigente com Costa.