Um total de 533 funcionários de uma fábrica de processamento de peixe na cidade costeira de Tema, a 25 quilómetros da capital do Gana, Acra, foram infetados com o novo coronavírus no local de trabalho por um só trabalhador, confirmou o Presidente do Gana, citado pela CNN. O surto nestas instalações industriais tinha já sido anunciado no final do dia de sexta-feira pelas autoridades sanitárias do país, que não forneceram pormenores.

O foco de infeção na fábrica foi detetado depois de terem sido realizados 921 testes no mês passado, disse Akufo-Addo, que não revelou mais detalhes sobre as operações ou medidas que serão tomadas. Estes 533 casos representam cerca de 11,3% dos infetados no Gana.

Quantas mais pessoas testarmos mais pessoas darão positivo, e desta forma, teremos uma oportunidade para tratá-las e ajudá-las”, disse ainda o Presidente, que garante que os casos continuam a aumentar devido à melhoria dos testes.

O Gana conta com o maior número de infetados da África ocidental, com cerca de 4.700 casos e 22 mortes, de acordo com os dados oficiais. Segundo Akufo-Addo, o Gana realizou já mais de 160.000 testes e criou mais sete centros de testes para acelerar o tempo de resposta.

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No mês passado, o presidente levantou o bloqueio de três semanas nas principais cidades, dizendo já na altura que os testes de deteção do novo coronavírus tinham melhorado e explicando ainda que o objetivo era reduzir o efeito das restrições para as pessoas mais pobres.

O Gana vai manter a proibição de reuniões públicas, conferências e festivas pelo menos até 31 de maio, mantendo fechadas as fronteiras e as escolas, anunciou ainda o Presidente.

O número de mortos da Covid-19 em África subiu na segunda-feira para 2.290, com mais de 63 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 280 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.