A atribuição de prémios de gestão aos administradores do Novo Banco, aprovada nas contas, mas ainda não paga, não agrada ao Governo que apela à sua revisão.

Esta posição foi assumida pelo ministro das Finança numa audição dominada pela polémica sobre a injeção financeira ao Novo Banco, antes do resultado da auditoria especial em curso, e ao contrário do que tinha dito o primeiro-ministro ao Parlamento. As respostas foram dadas na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças ao deputado socialista Fernando Anastásio que suscitou o tema.

Depois de o Fundo da Resolução ter tirado ao cheque com destino à instituição os dois milhões de euros previstos para a remuneração variável, o ministro das Finanças defendeu que “ainda vamos a tempo de ser corrigida esta situação”. Mário Centeno remeteu essa correção para os órgãos sociais do Novo Banco cuja gestão é nomeada pelo acionista privado, a Lone Star. E manifestou o desejo de que haja “empatia”, face ao enquadramento dessa decisão, pedindo bom senso.

Os prémios de dois milhões de euros aos gestores do Novo Banco estão previstos nas contas de 2019, mas só serão pagos depois de a instituição se libertar das restrições impostas pelo plano de reestruturação que impedem o pagamento desses bónus até ao final de 2021.

O Fundo de Resolução, que é acionista sem direito de voto no Novo Banco, manifestou-se contra esta atribuição de prémios, tendo reduzido a recapitalização relativa aos resultados de 2019 em dois milhões de euros. Uma decisão que para Mário Centeno “é um passo no sentido certo” de que a decisão de atribuir estes seja revista.

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