O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu a ação do seu conselheiro Dominic Cummings, que quebrou o confinamento e percorreu uma distância de mais de 400 quilómetros com a família, quando tinha sintomas coincidentes com os de Covid-19. “”Ele agiu de forma legal, responsável e com integridade”, afirmou o primeiro-ministro em conferência de imprensa, este domingo.

Cummings declarou que tomou a decisão de ir com a mulher e com os filhos para Durham, local de residência dos avós da criança, para que estes pudessem tomar conta do filho. Contudo, ao quebrar o confinamento, não respeitou a recomendação feita pelo Executivo de se manter em casa, ainda para mais tendo sintomas e tendo estado em contacto com uma pessoa infetada — o próprio primeiro-ministro. Boris Johnson considera, porém, que o seu conselheiro seguiu “os institutos que qualquer pai teria”.

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Outros responsáveis política, como a diretora-geral da Saúde da Escócia, Catherine Calderwood, demitiram-se depois de terem sido apanhados a quebrar as regras. Isso mesmo foi assumido pelo primeiro-ministro britânico na conferência: “Temos-vos pedido para fazerem sacrifícios, quando alguns têm estado a quebrar essas regras”, admitiu.

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No entanto, Boris Johnson considerou que esta não é a situação de Cummings: “Ao tentar arranjar a melhor solução para alguém tomar conta dos seus filhos enquanto ele e a mulher aparentavam ter Covid, ele seguiu os instintos de qualquer pai e não o censuro por isso”.

O primeiro-ministro anunciou ainda na mesma conferência os números relativos à Covid-19 no Reino Unido. Nas últimas 24 horas, registaram-se mais 2.409 novos casos de infeção e morreram 118 pessoas — um valor inferior às 282 vítimas mortais registadas no dia anterior.