O museu do Louvre, em Paris, França, que ampliou a sua oferta ‘online’ durante o confinamento imposto pela pandemia, recebeu 10,5 milhões de visitas virtuais neste período, designadamente dos Estados Unidos, informou a instituição.

Segundo adiantou fonte do museu francês à agência noticiosa francesa France Presse (AFP), as 10,5 milhões de visitas virtuais registadas no período de 71 dias entre 12 de março e 22 de maio comparam com as 14,1 milhões de visitas feitas durante todo o ano 2019.

Apesar de estar ainda por definir a data em que o maior museu do mundo reabrirá portas, esperando-se que tal aconteça durante o verão, as equipas do Louvre estão focadas em disponibilizar semanalmente aos visitantes virtuais numerosos recursos em inglês, já que a maioria dos clientes habituais do museu são americanos, que superam os chineses.

Segundo a fonte, registou-se um pico de visitas durante as primeiras semanas do confinamento, com uma média de 330.000 visitas, sendo que 90% dos visitantes eram não-francófonos, contra os atuais 77%.

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Entre 12 de março e 22 de maio, 16% das visitas tiveram origem em França, abaixo da quota de 17% dos Estados Unidos.

Para Sophie Grange, subdiretora de comunicação do Louvre, “a conjugação do ‘smartphone’ e das redes sociais” consagra o triunfo da imagem virtual e os grandes museus não têm outra opção senão explorar da melhor forma possível estes meios para se darem a conhecer a um público alargado, em casa.

“Resistimos um pouco, porque a obra de arte não é uma imagem e devemos passear-nos em torno dela, a obra de arte exigiria um verdadeiro reencontro”, admitiu esta responsável à AFP.

Uma aplicação que propõe uma experiência em realidade virtual, “Um ‘tête à tête’ com a Mona Lisa” (descarregada mais de 10.500 vezes) é um novo serviço, particularmente bem sucedido, que foi disponibilizado para as crianças, assemelhando-se a contos animados relacionados com as várias obras do museu (76.000 visitas).

Graças à #LouvreChezVous, #CultureChezNous ou ainda à #MuseumFromHome, as contas do Louvre nas redes sociais ganharam 302.500 seguidores e são hoje seguidas por 8,83 milhões de pessoas.

A conta de Instagram é particularmente popular, tendo progredido muito rapidamente: já ultrapassou os quatro milhões de seguidores, o que faz do Louvre o museu de arte antiga com maior número de seguidores nesta plataforma, segundo a instituição.

Foi, aliás, no Instagram que os responsáveis do Louvre se associaram ao desafio lançado pelo Getty e por outros museus para os seguidores recriarem em casa, usando objetos do dia-a-dia, cenas das suas obras de arte favoritas.

A visita virtual à Sala das Cariátides, no Louvre, tem também feito sucesso nas redes sociais, assim como os ‘podcasts’ “As Odisseias do Louvre” (para a faixa etária entre os 7-12 anos), lançados em parceria com a cadeia francesa de rádio France Inter e que consistem em dez episódios sobre os mistérios, obras ou figuras principais do museu.