Quase parece um verão “normal” na praia de São João da Caparica, em Almada, no distrito de Setúbal, que está este domingo cheia de banhistas, mas com respeito pela “distância adequada” entre pessoas e chapéus.

“Este ano é a primeira vez que venho à praia. Viemos ver como é que isto estava, mas a praia está agradável e as pessoas mais ou menos estão a cumprir as obrigações. Estão afastadas umas das outras e não se vê ninguém ao monte, como se costuma dizer”, disse à Lusa José Martins, de 60 anos.

O banhista mora mesmo em frente à praia, para onde costuma vir a pé com a família, e reconheceu que está “muito menos gente” no areal, quando comparado com anos anteriores.

Pelas 15h00, o termómetro marcava quase 30 graus e a praia de São João estava cheia de famílias ou grupos de amigos que aproveitavam para apanhar banhos de sol e de mar.

Também Nuno, de 48 anos, indicou que o número de banhistas “está similar” a anos anteriores, mas defendeu que o espaçamento entre chapéus está adequado à fase em que estamos a viver”, com a pandemia da covid-19.

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“O tempo também está a ajudar que as pessoas estejam fartas de estar em casa”, considerou.

O banhista encontrava-se a dar um passeio pela beira de água e lembrou que há cuidados acrescidos ao chegar ao areal este ano, como “verificar o espaçamento entre chapéus” e estar com “grupos pequenos”.

“Seguros nunca estamos e não sabemos o que está à nossa volta, mas penso que sim, porque as pessoas tentam afastar-se umas das outras. Eu estou a dar uma caminhada junto ao mar para evitar esse tipo de aglomeração”, mencionou.

Um pouco à frente, Carolina, de 21 anos, estava deitada na toalha com as amigas e mostrou-se surpreendida pelo facto de as pessoas estarem a respeitar as regras de segurança.

“Por acaso, é a primeira vez que estou nesta praia e é a primeira vez que venho este ano, mas não estava à espera que as pessoas estivessem a aderir tanto ao distanciamento por causa do vírus”, referiu.

As atividades desportivas como raquetes ou volley não estão permitidas, mas, talvez por desconhecimento, havia alguns grupos a praticá-las à beira da água, como foi o caso de João Heitor de 24 anos.

“Noto que as pessoas estão um bocadinho com medo umas das outras. Há bocado estivemos a jogar raquetes na água e noto que as pessoas não apanham a bola ou desviam-se para o lado”, relatou.

No entanto, o banhista apontou que nem sempre é fácil respeitar as regras de segurança quando “as pessoas estão na brincadeira entre amigos”.

A época balnear só se inicia a 6 junho, mas o bom tempo fez com que muitas pessoas saíssem hoje de casa para aproveitar a praia que, no caso da de São João, se manteve sem ações de sensibilização por parte da Polícia Marítima.