O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, criticou a decisão da rede social Twitter de fazer fact check a algumas afirmações do Presidente norte-americano, Donald Trump, classificando-as como falsas.
“Nós temos uma política diferente da do Twitter nisto”, afirmou o responsável pelo Facebook em entrevista à Fox News, que será emitida na íntegra esta quinta-feira.
“Acredito firmemente que o Facebook não deve ser o árbitro da verdade de tudo o que as pessoas dizem online”, acrescentou Zuckerberg. “As empresas privadas não se deviam colocar nessa posição”.
As declarações foram feitas depois de, na terça-feira, a rede social Twitter ter colocado uma nota num tweet do Presidente norte-americano, onde este afirmava que o voto postal aumenta o risco de fraude eleitoral, destacando que “os especialistas dizem que os votos por correio raramente estão ligados a fraude eleitoral”.
O CEO do Twitter, Jack Dorsey, já respondeu às afirmações de Zuckerberg, dizendo que o Twitter continuará a “chamar a atenção sobre informação incorreta ou duvidosa no que diz respeito a eleições” e que isso não é ser “árbitro da verdade”. “A nossa intenção é ligar os pontos sobre afirmações contraditórias, mostrar a informação e deixar que as pessoas decidam por si.”
This does not make us an “arbiter of truth.” Our intention is to connect the dots of conflicting statements and show the information in dispute so people can judge for themselves. More transparency from us is critical so folks can clearly see the why behind our actions.
— jack (@jack) May 28, 2020
O Facebook também tem implementada uma rede de fact checking a afirmações que circulam na sua plataforma, em parceria com vários órgãos de comunicação social, como o Observador. No entanto, a empresa abstém-se de verificar afirmações ditas por políticos na sua plataforma, por considerar que tal pode ser limitativo da liberdade de expressão. O Observador realiza à mesma fact checks a afirmações de políticos, mas por sua própria iniciativa.